terça-feira, 13 de outubro de 2009

BISCOITOS ESCRITOS


“TUDO O QUE ALGUÉM IMAGINA OU SONHA JÁ É UM PROJETO DO AMANHÃ; REALIZÁ-LO OU NÃO, DEPENDE DE CADA UM DE NÓS”.



BISCOITO ESCRITO

!!!!Horta Mandala....Mulheres e Homens guardiões da Natureza e da Comunidade.É o Vale do Jequitinhonha, num recanto do agreste brasileiro, onde "Quando à noite a Lua dança..." tudo o mais vibra em harmonioso respeito pela vida.É o mundo rural, o mundo da minha infância! Quanta saudade, lá do vale do Paranapanema... das noite de luar, do canto das cigarras, da farta horta verde, das amoreiras, das melancias e melões, das goiabeiras, dos coqueirais, da hora do grito quando a passarada voltava para seus ninhos, depois de mais um dia pelas matas...Mas, voltemos ao "Biscoito Escrito" lá das comunidades atuais do vale do Jequitinhonha, onde a mulher rústica de alma pura, ensina às crianças a escrever o próprio nome com a massa preparada por ela com muito carinho.- A, B, C, D, E... ,X, Y, Z... e, as crianças vão escrevendo seus nomes; alegremente assam em forno a lenha, e, saboreiam o sabor do saber.Volto mais uma vez no tempo que me faz lembrar dos pães e dos "bollos", do bolo de fubá com erva-doce... Aprendíamos a contar: quantas medidas de farinha de trigo, quantos ovos, quanto de leite, quantos pães, quantos pedaços... A vida simples e harmoniosa é assim. Feita de pequenos detalhes, aromas, sabores, experiências que ficam para sempre na lembrança e vão alimentar sonhos e realizações pessoais.A Mandala, o cuidado com o solo, com as plantas, com a água, com os sentimentos numa verdadeira reverência pela vida e pela Natureza.Um maravilhoso exemplo para a humanidade tão carente de valores. Uma lição de vida para aqueles que pleiteiam por um pedaço de terra, mas só sabem destruir... - como infelizmente assistimos recentemente a destruição de árvores frutíferas por um grupo de Sem Educação, sem Moral, sem Respeito, sem Amor... com a desculpa de que queriam "plantar feijão" - E dizer que os sábios da antiguidade condenavam o uso de feijões por serem inibidores da inteligência! Faz sentido!Uma comunidade voltada para a Luz, essa do vale do Jequitinhonha. Se houver um grande cataclismo que atire a humanidade fora da chamada "civilização moderna" com toda a tecnologia existente, essas comunidades saberão como sobreviver, com certeza. Continuarão fazendo seus biscoitos escritos, cultivando suas hortas mandalas, refazendo o solo, aproveitando cada detalhe do mundo em que vivem, porque eles aprenderam na escrita desenhada com o olhar, com os sentimentos, com os sabores, tudo feito com muito amor e respeito. Respeito pela vida e principalmente para consigo próprio pois sabem o que é a verdadeira felicidade. A do sabor da vida simples, como um biscoito escrito!

Texto de Martina Sanchez

VISITE O BLOG DE MARTINA SANCHES

http://www.martinasanchez.blogspot.com/

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A QUE VIEMOS....

A Aliança Planetária é uma ONG que está se estruturando na categoria de OSCIP, composta por diversos profissionais liberais de todo o País, atuando em diversas áreas: Médicos, Farmacêuticos, Biólogos, Engenheiros Florestais, Engenheiros civis, Agrônomos, Publicitários, Terapeutas Holísticos, Psicólogos,estudantes universitários,etc...que possuem Consciência Ecológica , Espiritual e Social suficiente para investir nessa necessidade Global.


Devido a diversas alterações climáticas e geológicas que estão ocorrendo no Planeta, onde até mesmo a ex-ministra do Meio-Ambiente - Marina Silva, se pronunciou a respeito em um Artigo a um Jornal de Brasília no dia 19 de julho de 2009 ( veja o artigo mais abaixo no tópico- MUDANÇAS CLIMATICAS ), decidimos agir numa iniciativa conjunta estruturando a Aliança Planetária e criando os projetos das Ecovilas para a região do Planalto central.

Compreendemos que, se de fato as previsões climáticas (cujos dados estão sendo capturados por satélites espaciais) se concretizarem, é muito provável que haverá grande caos e até mesmo fome na Terra. E se não agirmos agora, não teremos mais tempo e nem chance de prestar socorro à população.

Considerando a atual organização Agrícola do País, que se estende através de monoculturas, podemos observar que até mesmo os agricultores serão pegos de surpresa, se não forem adequadamente treinados a implantar uma cultura diversificada em suas terras.

Venha somar conosco nesse trabalho pioneiro e nos auxilie a implantar esses Projetos em todo o Planalto Central.



VAMOS UNIR NOSSOS PROJETOS...
NOSSAS EXPERIÊNCIAS E ESPERANÇAS...
ALIANÇAR NOSSOS CORAÇÕES...
E JUNTOS CONSTRUIR A NOVA TERRA...

COMUNIDADES AGRICOLAS AUTO-SUSTENTÁVEIS

VIVENDO UMA NOVA REALIDADE:

Estamos convidando todas as pessoas que se consideram amadurecidas nas questões sócio-espirituais , e que comunguem conosco dos mesmos propósitos e objetivos, os quais são criar núcleos regionais no Planalto central, através da aquisição conjunta de terras específicas nessas regiões. Onde serão fundados grupos de 20 a 30 famílias por núcleo de Ecovilas. Através da ONG - Aliança Planetária, estamos coordenando a formação desses grupos rurais em pequenas áreas de terras em regiões diversas do Planalto Central do Brasil , mas principalmente na Chapada dos Veadeiros.Quem desejar ingressar em um desses núcleos envie um e-mail para o endereço abaixo, que lhe retornaremos com maiores informações:

aliancaplanetaria@hotmail.com

AS ECOVILAS A SEREM CRIADAS SEGUIRÃO O MODELO DE ECOVILAS JÁ EXISTENTES NO BRASIL

Ex: Instituto Visão Futurohttp://www.visaofuturo.org.br/inicio.html

AGRICULTURA ORGÂNICA

A auto-suficiência na alimentação será alcançada por meio de uma agricultura orgânica extensiva, que proverá todas as necessidades nutricionais da comunidade e comercializará na área circunvizinha, gerando assim emprego para a população rural.

PADARIA

A padaria produzirá ítens orgânicos e integrais para o consumo da comunidade e do bairro vizinho, o que também gerará emprego para as pessoas locais.

PLANTAS MEDICINAIS

A horta de plantas medicinais , assim como o laboratório fitoterápico natural, produzirão artigos naturais como xampus, sabonetes, e cosméticos, para o uso da população local e para comercialização, gerando mais empregos para as mulheres do bairro. O laboratório também produzirá chás medicinais, contribuindo para a auto-suficiência em remédios da comunidade.

VESTUÁRIO

Um centro de costura, usando máquinas de costura e tecidos doados, oferecerá treinamento para as mulheres locais aprenderem a produzir as necessidades de vestuário de suas famílias, e peças simples de roupa para serem vendidas, aumentando assim a renda familiar.

ENERGIA ALTERNATIVA

Um sistema integrado de energia renovável, incluindo-se luz solar (produzido por painéis fotovoltáicos), aquecimento solar de água, e bombas de água ativadas por energia solar e cata-ventos.

RECICLAGEM DE LIXO E ÁGUA

Os resíduos orgânicos da comunidade serão reciclados na compostagem para a horta orgânica e a água do esgoto será tratada num sistema biológico de tratamento, a “zona das raízes”, que reciclará toda a água usada domesticamente (incluindo dos banheiros) para irrigação.

CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

Os ciclos naturais hidrológicos serão restaurados através de numerosos açudes que captarão a água da chuva para máxima utilização da mesma. Esses açudes serão cercados por plantações de “mata ciliar” para conservar a água...

TRATAMENTO BIOLÓGICO DA ÁGUA

...e a água será purificada através de um sistema biológico de tratamento.

EDUCAÇÃO

Na Creche das Ecovilas as crianças rurais não apenas aprenderão a ler, escrever e contar, mas desenvolverão auto-motivação, dignidade, valores éticos, criatividade e uma atitude de amor para com todos os seres.

SAÚDE CORPO-MENTE - AYURVEDA

Um Centro Ayurvédico será estabelecido para promover tratamentos alternativos da milenar ciência de saúde da Ayurveda (a “Ciência da Vida”)

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Vários cursos e seminários, que promoverão o desenvolvimento integrado do ser humano – nos planos físico, mental e espiritual – serão oferecidos nas amplas dependências das Ecovilas – onde serão criados também dormitórios para visitantes , teatros, refeitórios, salas de reunião,

ARTE

Consciência e Amor serão os princípios fundamentais que nortearão a nossa arte. Através de peças, rituais e vivências artísticas nos cursos e oficinas de artes para as crianças e os jovens dos nucleos, a nossa arte servirá sua proposta: "Arte para serviço e bem-aventurança". Serão criados grupos de Teatros treinados para comungar com o ser humano na sua essência: sua natureza divina.

COOPERAÇÃO

Os projetos serão gerados cooperativamente, as decisões tomadas coletivamente e os recursos financeiros compartilhados equitativamente, com uma justa e equilibrada distribuição de renda

CONTRUÇÕES ECOLÓGICAS

Trabalharemos com uma Construtora chamada "NATURALE – CONSTRUÇÕES ECOLOGICAS", que se responsabilizará pela construção de casas com tijolos de Adobe, no estilo da Permacultura...o que barateará muito o custo do Imóvel. Esperamos treinar pequenos grupos dos próprios membros dos núcleos, de forma que possam trabalhar em equipe e assim, diminuir ainda mais os custos, para que todos possam usufruir juntos de boas moradias.

FORMAÇÃO DAS ECOVILAS

Cada Ecovila está sendo estruturada em média numa área de 10 a 15 alqueires ( 48.000mts² o alqueire) em regiões de elevada Altitude, na Chapada dos Veadeiros, contendo montanhas, mata nativa do cerrado e veios de água, cachoeiras e riachos, além de terras apropriadas para o plantio agrícola.Em cada Ecovila serão agrupados na faixa de 20 a 40 sócios-membros com seus familiares. Os que desejarem receber maiores informações sobre esses projetos podem enviar um e-mail para:

aliancaplanetaria@hotmail.com

No Blog da ONG ALIANÇA PLANETÁRIA, é possivel ver fotos diversas dessa região do cerrado, na Chapada dos Veadeiros.

http://aliancaplanetaria.blogspot.com/

Para todos os amigos que desejam participar das Ecovilas mas que não possuem condições financeiras para auxiliar na compra das Terras e das construções dos chalés ecológicos... sugerimos que se filiem à ONG, na qualidade de membros ativos, e mediante a qualificação de cada um, também serão admitidos nas ecovilas como moradores e colaboradores auxiliares.
Para filiação à ONG entre no topico : ALIANÇA PLANETÁRIA - SEJA UM MEMBRO ATIVO.

PAZ E LUZ A TODOS!

TORNE-SE UM MEMBRO DA ALIANÇA PLANETÁRIA

COMO TORNAR-SE MEMBRO

Quem pode afiliar-se?


Qualquer pessoa interessada em nosso trabalho, que tenha compromisso com sua Consiência Divina, e que se sinta com a necessidade de fazer parte de um segmento organizado, viabilizando desta feita a busca conjunta de soluções para os diversos problemas de alta gravidade que estão sobrevindo sobre todo o Planeta, e os diversos riscos iminentes tanto a nível social como econômico e geográfico. Se você se enquadra neste rol de pessoas, está convidado a juntar-se a nós.

1° passo: PAGAMENTO DA ANUIDADE: concordar em efetuar o pagamento da anuidade no valor de R$180,00 (cento e oitenta reais), parcelados em 04(quatro) vezes iguais e consecutivas de R$45,00 (quarenta e cinco reais) através de boleto bancário, que será remetido para sua residência, a saber: 1ª parcela mediante a solicitação da adesão, e as demais parcelas para 30, 60 e 90 dias

2º passo: PEDIDO DE ADESÃO
Fazer um pedido de adesão enviando um e-mail para o endereço abaixo:

aliancaplanetaria@hotmail.com


3º passo: RESPONDER AO QUESTIONÁRIO DE PRÉ-SELEÇÃO

Este questionário será enviado ao seu e-mail. Preencha adequadamente e devolva para o mesmo e-mail anterior. Após o termino da pré-seleção enviaremos a seu e-mail uma cópia do Estatuto de regulamentação da Aliança Planetária.

4º passo: ENVIAR PELO CORREIO A FICHA DE FILIAÇÃO

preencha sua solicitação de adesão numa ficha com os dados a seguir:
FICHA DE FILIAÇÃO À ONG ALIANÇA PLANETÁRIA

PROPOSTA DE SÓCIO Nº. ________ (Preenchido pela ONG Aliança Planetária)
(LETRA DE FORMA)
NOME:_________________________________________________________
ENDEREÇO: _____________________________________________________
CEP:________-______BAIRRO: __________________ CIDADE:____________
IDENTIDADE:_____________________________CPF____________________
DATA NASC.: ________/________/_____ ESTADO CIVIL: _________________
PROFISSÃO:______________________________________________________
TEL. RES.: _______________TRAB.:______________ CELULAR:_____________
FAX: ____________________EMAIL:__________________________________
DESEJA DESEMPENHAR ATIVIDADE NA ENTIDADE? SIM (____) NÃO (____)
O QUE GOSTARIA DE FAZER NA ENTIDADE?_______________________________
________________________________________________________________

VOCÊ É AFILIADO A PARTIDO POLÍTICO OU A OUTRA ENTIDADE?
SIM (____) NÃO (____)
QUAL(IS)?_________________________________________________________
EXERCE ALGUM CARGO POLÍTICO?
__________________________________________________________________
ONDE?_____________________________________________________________

DECLARO QUE LÍ E ESTOU DE ACORDO COM O ESTATUTO DA ONG ALIANÇA PLANETÁRIA.

__________________________________________________________________
(ASSINATURA)
________________________, ______ DE ___________________DE 200__.

ESTE DOCUMENTO DEVERÁ SER ENVIADO POR CORREIO AO SEGUINTE ENDEREÇO:

À ALIANÇA PLANETÁRIA – PLANALTO CENTRAL
Rua Vereador Jurandir Barbosa , Quadra 10 – Lote 28 

Jardim Novo Horizonte
CEP: 73.770-000

Alto Paraíso de Goiás – Goiás.

OBS: O comprovante da 1ª parcela da anuidade ( 45,00 reais) deve ser enviado juntamente com a ficha de filiação adequadamente preenchida.

VANTAGEM DE SE ASSOCIAR

O Associado é um componente especial na busca pelos nobres objetivos da Associação. Sem a sua contribuição, os projetos para auxílio igualitário, fraterno e solidário não serão concretizados.

Participe! Vamos criar juntos uma base sólida para alcançarmos a liberdade de atuação nas frentes por um suporte de resgate digno e humano.


O MEMBRO TITULAR dispõe dos seguintes direitos estatutários:

I– participar, com direito a voto nas Assembléias Gerais;
II– votar e ser votado para os cargos eletivos;
III– participar de todos os órgãos previstos nesse Estatuto;
IV– requerer convocação da Assembléia Geral mediante requerimento subscrito por, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos Associados Titulares existentes;
V– participar nas atividades da ONG AP, receber as publicações que por esta sejam editadas e utilizar todos os serviços prestados pela ONG AP; e
VI– desligar-se a qualquer momento da ONG AP mediante comunicação escrita à Diretoria, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, desincumbindo-se da contribuição financeira

O MEMBRO TITULAR terá direito a:

•Acesso a conteúdo exclusivo contendo boletins, notícias, artigos, vídeos, cartilhas e muitas outras fontes atuais de informação;
•Recebimento mensal de boletim informativo através de e-mail;
•Notícias e comunicados via e-mail;
•Acesso a conteúdo exclusivo de informações adicionais;
•Descontos em eventos , e participação em sorteios de bens doados à Associação;
•Participação ativa e efetiva em projetos, campanhas e comissões, de acordo com a qualificação profissional do Associado;
•Acesso a acervo bibliográfico da ONG;
•Acesso e uso da sala de reuniões da ONG;
•Chance de exercer a cidadania através de um projeto honesto que visa o bem estar social;
•Descontos em consultórios, farmácias e outros estabelecimentos de saúde conveniados à ALIANÇA PLANETÁRIA; (Breve)
•Acesso aos demais profissionais voluntários de diversas áreas de atuação da ONG;
•Acesso a todas as redes de socorro e abrigo em casos de emergência, em todas as ecovilas criadas com auto-sustentabilidade.

VENHA SOMAR CONOSCO NESSA INICIATIVA!

ECOVILAS CONCEITO

Ecovila é um modelo de assentamento humano sustentável. São comunidades urbanas ou rurais de pessoas que tem a intenção de integrar uma vida social harmônica a um estilo de vida sustentável. Para alcançar este objetivo, as ecovilas incluem em sua organização muitas práticas como:

1. Produção local e orgânica de alimentos;
2. Utilização de sistemas de energias renováveis;
3. Utilização de material de baixo impacto ambiental nas construções (bioconstrução ou Arquitetura sustentável);
4. Criação de esquemas de apoio social e familiar;
5. Diversidade cultural e espiritual;
6. Governança circular e empoderamento mutuo, incluindo experiência com novos processos de tomada de decisão e consenso;
7. Economia solidária, cooperativismo e rede de trocas;
8. Educação transdisciplinar e holística;
9. Sistema de Saúde integral e preventivo;
10.Preservação e manejo de ecossistemas locais;
11. Comunicação e ativismo global e local.

Ao longo de milhares de anos a humanidade viveu em comunidades sustentáveis, em contato íntimo com a natureza, desenvolvendo uma gigantesca diversidade cultural, onde em geral imperava uma estrutura social de apoio mútuo e cooperação. O evento da sociedade patriarcal e guerreira é bastante recente (16.000 anos) [1], mas tem causado um grande impacto no planeta. Enquanto isso as sociedades tradicionais lutam por sobreviver.

Neste contexto as ecovilas surgem como modelos alternativos ao padrão insustentável das sociedades modernas, incorporando os antigos conhecimentos com a moderna ciência e filosofia. De acordo com um número crescente de cientistas, teremos que aprender a viver de forma sustentável, se quisermos sobreviver como espécie

modelos de sustentabilidade desenvolvidos ao longo de mais de 40 anos pelas milhares de ecovilas ao redor do mundo formam um grande banco de dados de soluções aos atuais problemas da humanidade e fonte de riquíssimas experiências que podem ajudar a reconectar as pessoas à Terra numa forma que permita o bem estar de todas as formas de vida e futuras gerações.

Os defensores das ecovilas afirmam que o ser humano é capaz de criar uma vida cheia de amor e sentido. E essa seria a parte central numa ecovila, sua vida social, cultural e espiritual. Segundo eles, os seres humanos são seres sociais e amorosos por natureza, apesar de a cultura ocidental moderna valorizar em excesso o indivilualismo, a competição, a violência, o poder, o controle, a desconfiança e a apropriação. Reconectar os seres humanos a sua natureza significaria barrar estes valores, limpando esta carga cultural, e colocando a cooperação, o amor, o respeito, a transparência, a solidariedade e a confiança novamente no centro de suas vidas.

Em 1998, as ecovilas foram nomeadas oficialmente na lista da ONU das 100 melhores práticas para o desenvolvimento sustentável, como modelos excelentes de vida sustentável.

Elas surgem de acordo com as características de suas próprias bio-regiões e englobam tipicamente quatro dimensões: a social, a ecológica, a cultural e a espiritual, combinadas numa abordagem que estimula o desenvolvimento comunitário e pessoal.

O conceito de ecovilas oferece um único modelo, embora com múltiplas manifestações locais. No núcleo do modelo está a celebração da diversidade cultural, espiritual e ecológica e o impulso para se recriar comunidades humanas em que as pessoas possam redescobrir as relações saudáveis e sustentáveis consigo mesmas, a sociedade e a Terra. O modelo de ecovila tem proposto soluções viáveis para erradicação da pobreza e da degradação do meio-ambiente e combina um contexto de apoio sócio-cultural com um estilo de vida de baixo impacto.

que é sustentado numa ecovila não é o crescimento econômico ou o desenvolvimento, mas toda a rede de vida da qual depende nossa sobrevivência futura de longo prazo. Uma ecovila é programada de tal maneira que os negócios, as estruturas físicas e tecnológicas não interfiram com a habilidade inerente à natureza de manter a vida. Um dos princípios fundamentais do modelo é não tirar da Terra mais do que podemos devolver à ela. E assim fazendo, potencialmente, a comunidade pode continuar indefinidamente. Um dos conceitos utilizados nas ecovilas é o da permacultura, que é um sistema de design sustentável.

A implementação das ecovilas envolve um esforço das bases, de baixo para cima, mais do que a abordagem de cima para baixo. Cada ecovila dentro do seu próprio contexto cultural e ambiental, busca e demonstra soluções locais, usando tecnologias apropriadas, materiais locais, know-how local e antes de tudo oferecendo soluções compatíveis e acessíveis a todos.

O conceito de ecovila tem sido promovido e implementado por grupos espalhados pelo planeta, muitas vezes com recursos limitados e mínimo apoio institucional ou governamental. Estes grupos demonstram exemplos viáveis de vida auto-sustentada, modelos positivos traduzidos em realidade, para que outros grupos e indivíduos possam aprender, e inspirar-se onde o sucesso já foi alcançado.

Essa é a missão do movimento das ecovilas: explorar novas fronteiras e praticar aplicações concretas para a sustentabilidade. Nesta busca elas tecem uma filosofia de harmonia e paixão, sonho e visão, de terra e cosmo, de tecnologia e espírito, de educação e ativismo, de dança e canto, de ciclo e equilíbrio, de morte e renovação. Ecovilas, em síntese, honram, restauram e celebram os quatro elementos e seus processos interconectados na Natureza e nas pessoas.

Nascimento da Rede Global de Ecovilas (GEN)

O ímpeto que levou várias comunidades intencionais a se unirem formando GEN- Rede Global de Ecovilas partiu da organização Gaia Trust da Dinamarca. No início da década de 90 Ross e Hildur Jackson, diretores da Gaia Trust, perguntaram como sua organização poderia usar melhor seus recursos para avançar o movimento de sustentabilidade. Eles advogavam que na nossa sociedade tecnológica precisava-se de bons exemplos do que significa viver em harmonia com a Natureza, de uma forma sustentável e espiritualmente interconectada.

Em 1991 Gaia Trust, convidou Robert e Diane Gilman, editores da revista In Context, para fazer uma pesquisa de campo e identificar os melhores exemplos de comunidades sustentáveis ao redor do mundo. O resultado de sua pesquisa revelou a existência de muitas comunidades em busca de sustentabilidade, entretanto a ecovila ideal, sem ‘gaps’, ainda não existia. No entanto, se reuníssemos todos os projetos existentes, poderíamos identificar a emergência de uma nova visão, cultura e estilo de vida que poderia funcionar como modelo positivo de um futuro humano e planetário viável e sustentável.

Em seu relatório – Ecovilas e Comunidades Sustentáveis – pela primeira vez uma ecovila é definida como:

“Ecovila é um assentamento de escala humana, multi funcional, no qual as atividades humanas são integradas sem danificação ao mundo natural, de forma a apoiar o desenvolvimento humano saudável, podendo continuar no futuro indefinido.” Robert Gilman

Com base no relatório Gilman, representantes de algumas comunidades bem estabelecidas começaram a se reunir à partir de 1991 para discutir uma estratégia de desenvolvimento e difusão do conceito de ecovilas. Foram estabelecidas conexões e identificadas áreas comuns nas quais podíamos entusiasticamente trabalhar juntos. Em 1995 num encontro histórico realizado na Fundação Findhorn o conceito de ecovilas foi lançado globalmente.

Neste encontro estavam presentes comunidades que, como Findhorn, já haviam adquirido uma maturidade no seu experimento comunitário e uma complexidade social e econômica. Estas comunidades estavam se tornando vilas auto-sustentáveis e já era tempo de reafirmarem um novo estágio no seu caminhar.

A conferencia “Ecovilas e Comunidades Sustentáveis – modelos de vida no Século XXI”, atraiu 400 participantes de todo o mundo, e mais 300 que não puderam acompanhar. Nesta ocasião foi estabelecida a Rede Global de Ecovilas -GEN-, com um secretariado internacional na Dinamarca e três regionais: nos EUA cobrindo todas as Américas, na Austrália cobrindo a Oceania e a Ásia, na Alemanha cobrindo o continente Europeu e África.

Cada secretariado recebeu o mandato de construir e fortalecer redes regionais e nacionais, de promover cooperação entre as regiões, e de divulgar a experiência das ecovilas para os formuladores de políticas, planejadores e o público em geral.

Criada em 1995 por 9 ecovilas “sementes”, The Farm, EUA, Lebensgarten, Alemanha, Crystal Waters, Australia, Eco-ville St Petersburg, Russia, Gyurufu, Hungria, Projeto Laddak, India, Auroville, India, Findhorn Foundation, Escocia, Associaçao Dinamarquesa de Ecovilas, Dinamarca. Hoje a Rede Global de Ecovilas - GEN - engloba mais de 15.000 ecovilas transformando-se no que é chamado de “A Revolução do Habitat.

Membros da rede incluem redes como - Sarvodaya (11 mil vilas tradicionais no Sri Lanka); - Eco Yoff e Colufifa (350 vilas no Senegal); - o projeto Ladakh, no planalto tibetano; - ecocidades como Auroville, no sul da Índia, e Nimbin, na Austrália; - pequenas ecovilas rurais como a Gaia Asociación, na Argentina, e Huehuecoyotl, no México; - projetos de rejuvenescimento urbano como o Eco Village de Los Angeles e Christiania de Copenhagen; - projetos de permacultura como Crystal Waters, na Austrália e Barus, no Brasil; - e centros educacionais como Findhorn Ecovillage, na Escócia, o Centro de Tecnologia Alternativa, no País de Gales, Earthlands, em Massachusetts, e muitos outros.

O movimento foi muito auxiliado pelo surgimento da Internet, como um instrumento de uma rede internacional e, podemos afirmar que a rede virtual fez o movimento descobrir sua real força e diversidade.

Hoje, GEN leva a mensagem das ecovilas aos principais fóruns governamentais e sociedades civis. É um importante participante do programa de treinamento das Nações Unidas para ajudar governos locais a implementar a Agenda 21 e a Agenda Habitat, tem status consultivo como uma ONG na ONU, tem representantes em eventos como o Encontro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Summit on Sustainable Development) e os Fóruns Sociais Mundial e Europeu, além de se apresentar em inúmeros congressos e seminários sobre temas relacionados em todo o mundo.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS QUE PREOCUPAM

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A nova geografia das mudanças climáticas
Marina Silva
De Brasília (DF)


O planeta já sofre os efeitos das mudanças climáticas. O que pesquisadores e cientistas tentam prever é de que forma cada região será atingida nos próximos anos.

O jornal americano The New York Times divulgou no início desta semana projeções feitas pelos serviços de defesa americanos mostrando que as mudanças no clima representam grande desafio à segurança dos Estados Unidos, diante da perspectiva de aumento de tempestades e secas, da ocorrência de migração maciça, de pandemias e do racionamento de água, além de outros problemas em território americano e ao redor do mundo.
Mesmo não sendo conclusivas, as previsões não são nada animadoras. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que até 2080 provavelmente 1.1 a 3.2 bilhões de pessoas padecerão de escassez hídrica e 200 a 600 milhões de fome. A escassez de água, aliás, já é um problema global. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nessa semana que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo carecem de acesso à água potável
Segundo estimativas conservadoras apresentadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no final do ano passado, as mudanças climáticas devem forçar o deslocamento de cerca de seis milhões de pessoas por ano. Eles estudam medidas para proteger os atingidos por catástrofes naturais. O problema, segundo já disse Wellington Carneiro, oficial de Proteção do Acnur no Brasil, exige alterações no Direito Internacional de Refugiados.
A situação na China - hoje a grande força motriz do desenvolvimento econômico mundial - é emblemática. A questão é saber o custo que o país pagará por sua desatenção às questões ambientais.
Em 2005, o então ministro do Meio Ambiente da China, Pan Yue, chegou a declarar, em entrevista à revista alemã Der Spiegel, que seu país poderá enfrentar um assombroso número de refugiados ambientais. "No futuro, precisaremos transferir 186 milhões de habitantes de 22 províncias e cidades. No entanto, as outras províncias e cidades só são capazes de absorver 33 milhões de pessoas. Isso significa que a China terá mais de 150 milhões de migrantes ecológicos, ou, se vocês preferirem, refugiados ambientais". Na ocasião, Pan Yue disse que a principal causa de tal situação seria a chuva ácida e a poluição dos maiores rios da China, impossibilitando acesso à água potável por um quarto da população.
Um quadro como esse seria de catástrofe, o que ainda não parece ser percebido como tal por inúmeros dirigentes e líderes nacionais e mundiais. Ainda há quem ache que a situação "não é bem assim", pela dificuldade de sair dos padrões habituais de ação ou de inação. De fato, não é fácil deixar o conforto dos cânones aprendidos e encarar que o conhecimento precisa ser urgentemente atualizado diante da crise das crises, tão grave a ponto de mudar a própria geografia, desafiando nossos conceitos de ocupação do espaço físico e humano do planeta e de relação entre humanidade e ambiente natural.

A principal agenda de nosso tempo é a das mudanças climáticas e ela não é algo circunscrito aos ambientalistas ou especialistas. Ao contrário, perpassa todas as áreas e impacta fortemente os modelos de tomada de decisão política. Ignorá-la e pagar pra ver não é sensato. Mais do que isso, é uma fuga para o passado de conseqüências desastrosas para o futuro.


Marina Silva é professora de ensino médio, senadora do Acre (sem partido) e ex-ministra do Meio Ambiente

Fale com Marina Silva: marinasilva08@terra.com.br

domingo, 30 de agosto de 2009

ECOVILAS - CHACARA REBENDOLENGUE

As fotos abaixo foram tiradas de chalés da Chácara Rebendolengue em São João D'Aliança - Chapada dos Veadeiros - Go. Esses chalés são modelos de construções ecológicas feitas em Adobe, e todo o sítio segue o Padrão das Atividades em Permacultura. As ecovilas implantadas pela ALIANÇA PLANETÁRIA seguirão os padrões orientados pelo IPEC ( Instituto de Permacultura de Pirenópolis) dentro dessa mesma visão e direcionamento.







































































terça-feira, 4 de agosto de 2009

CRIANÇA-CRIATIVA

CRIANÇA NASCEU PARA BRINCAR E SER FELIZ
Este trabalho é baseado nos assuntos tratados nas reuniões que realizamos entre as crianças, jovens e pré-adolescentes dos projetos sociais promovidos pelas prefeituras e instituições que envolvem auxílio, amparo, instrução e alimentação às crianças que sofrem de violência em suas casas, muitas vezes por causa do vício pelas bebidas e drogas que desintegram muitas famílias e tanto afligem toda humanidade!Aos profissionais da área de educação, pedagogia, dos projetos sociais, humanitários, etc... Assim como todas as pessoas, sem distinções, que sentirem em seus corações o chamado e quiserem trabalhar conosco levando as palestras e todo material gratuito disponível, às crianças e à toda humanidade nos mantemos à disposição seja aqui no fórum seja pelo e-mail:urielheart@yahoo.com.br

A criatividade é um ato característico do ser humano e deve ser exercido de forma livre e sem nenhum tipo de limitação.

Somente o ser humano cria, inventa.

Na criança, a criatividade desempenha um papel importante na formação da personalidade.

Quando um adulto (pai, mãe ou professor) deixa de lado o conteúdo e preocupam-se mais com a forma, os procedimentos, a receita, ele estará bloqueando a criatividade da criança.

O ideal é fornecer apenas o conteúdo e deixar a criança descobrir sozinha ou criar por conta própria a "receita", o procedimento para se chegar ao objetivo final.


Criar é a tentativa de se chegar lá. É busca de alternativas, é a tentativa de encontrar uma outra forma, um outro jeito, mais rápido ou mais fácil de fazer a coisa.
É o processo de aprendizado. Aprendemos mais um jeito de fazer a coisa. Desse jeito também dá certo. Dessa forma fica melhor. Assim é mais fácil.
Quando um adulto, perante uma criança, insiste que a criança faça "do jeito" que o adulto quer, ele estará tolhendo a criatividade, tolhendo a oportunidade que a criança tem de exercitar a sua busca, a sua tentativa e o descobrimento da sua forma, do seu jeito de fazer a coisa. A conquista, neste caso, não terá valor para a criança, embora o adulto fique radiante e vá anunciar a todos que o "seu filho" ou o "seu aluno" conseguiu fazer uma coisa que mesmo o adulto teria muita dificuldade.



Na verdade, a dificuldade não está na coisa mas sim na forma, no jeito que o adulto utiliza para resolver a questão. Por isso é que o adulto acha a coisa muito difícil. A criança, quando lhe é dada a opção própria, vai encontrar um outro jeito, uma outra forma bem mais simples e fácil de fazer a coisa. Consequentemente, a criança não vai achar que a solução daquele "problema" seja uma conquista tão importante como o adulto acha que é.

O adulto que quer impor o seu jeito não conhece a evolução e acha que as coisas devem ser feitas de determinadas maneiras e não admitem novas formas. Encontramos isso com muita freqüência na vida profissional. Muitos dirigentes de empresas (que se consideram EMPRESÁRIOS) agem dessa forma.
Muitos conceituam a Criatividade como a ação de busca de uma solução onde os outros não enxergam nenhuma solução. Essa é uma visão pequena. A verdadeira Criatividade encontra novas soluções em problemas que já estão cheios de soluções maravilhosas. O "mercado" é a relação entre 2 pessoas (uma que quer vender e outra que quer comprar) e é uma das atividades mais antigas da humanidade e que já deveríamos ter descoberto todas as soluções, ainda hoje encontramos novas soluções extremamente criativas.
Por isso, mesmo nas coisas mais simples da vida como ensinar que 2 mais 2 são quatro, o educador, seja ele amador (pais) ou profissional (professores) deve tomar extremo cuidado para não tolher a criatividade do aprendiz. A gente vê muito comumente, mesmo nas ruas, adultos explicando para uma crinaça COMO as coisas devem ser feitas. Isso é pura perda de tempo.

15 DICAS PARA CRIAR CRIANÇAS CRIATIVAS


Entre a televisão, os DVDs, o computador e os jogos de consola, as crianças estão mais amigas das altas tecnologias e dos gadgets – ou seja, daquilo que já está pronto a consumir e ainda por cima muito facilitado – do que das suas próprias mãos e imaginações que, bem estimuladas, podem revelar pequenos grandes artistas. Criar crianças criativas é mais fácil e divertido do que imagina e saber pensar de forma inovadora e sem limites é uma excelente ferramenta para a vida.

1.Faça questão de organizar actividades criativas que possa desenvolver com os seus filhos, pelo menos uma vez por semana. Por exemplo, a tarde de sábado pode estar reservada para pintarem um mural na parede do jardim ou então para fazerem artes decorativas ou uma sessão de cozinha infantil. Varie muito, para que possa perceber quais as actividades criativas mais apreciadas e, quem sabe, descobrir algum talento escondido. Tenha uma lista de possíveis passatempos para os dias chuvosos ou quando a pequenada está especialmente irrequieta.


2.A vossa própria casa deve ser um local de inspiração. Faça questão de encher as paredes de arte, fotografia e ilustração; tenha sempre música a tocar e introduza a pequenada a todo o tipo de géneros musicais. Se puder, crie um “cantinho artístico” em casa – recheado com papel, cadernos, tintas, marcadores, lápis de cera, tecidos, plasticina, revistas velhas, cola, etc. – onde as crianças possam expressar a sua criatividade de forma espontânea.


3.Motive as crianças para desenvolverem projectos distintos de tudo aquilo que já viram, ou seja, incentive-as a terem as suas próprias ideias e a executá-las. Pode fazer perguntas como “o que será que aconteceria se…” para estimular a imaginação. Encoraje os miúdos a terem mentes abertas e a experimentarem um pouco de tudo.


4.Quando a pequenada pedir que seja você a fazer um desenho, inverta a situação, dizendo que adorava ver o que eles conseguiriam criar. Nunca espere perfeição ou maturidade de um projecto infantil, mas sim deve valorizar a genuidade e originalidade destas pequenas obras de arte.


5.Tente dar igual (ou até mais importância) a todo o processo criativo, em vez de concentrar as atenções exclusivamente no resultado final. Porém, as obras-primas das crianças devem ser exibidas para toda a família poder contemplar, sendo esta uma forma de não só aplaudir a criatividade da criança, como incentivá-la a continuar.


6.Limite o tempo que os miúdos passam em frente à televisão, computador e consolas de jogos, mas não o tempo livre que têm para realmente brincar, criar e inovar. Incentive-os a criarem os seus próprios jogos, a organizarem peças de teatro ou a elaborarem um livro ou revista – é uma excelente forma de descobrirem e se apaixonarem pela sua imaginação.

7.Envolva-se nas brincadeiras das crianças, mas deixe que sejam elas os líderes – mesmo que não estejam a fazer as coisas como deviam ou como gostaria que as fizessem, deixe-as chegar ao fim. Desta forma, para além de ganharem confiança nas suas próprias ideias, vão poder perceber o que correu menos bem e como fazer da próxima vez.


8.Faça questão de expor as crianças ao mundo da arte e da cultura: desde lições de música ou de dança, passando por visitas frequentes a museus, galerias de arte e até concertos e peças de teatro. Desde que possam apreciar, haverá sempre alguma coisa que vão retirar destas experiências, permitindo ainda o desenvolvimento de um gosto que os possa acompanhar durante o resto da vida.


9.Não descure a escrita criativa (pode ajudá-los a escrever num diário, uma história ou uma peça de teatro para depois ensaiarem); a leitura (importantíssimo para estimular pequenos cérebros e fomentar o gosto por este excelente hábito; leia em voz alta – eles adoram!); e até a fotografia (com as máquinas digitais, os miúdos podem tirar centenas de fotografias sem gastar um cêntimo e será sempre muito interessante observar as suas perspectivas).

10.Impulsione as crianças a fazerem perguntas e envolva-as nas próprias respostas, estimulando-os para dizerem “porque é que acham que é assim?” e “se isto fosse diferente?”…


11.Encontre um equilíbrio entre actividades tradicionais como puzzles, exercícios de linguagem e matemática; e as novas tecnologias, caso de kits de ciência, pesquisar na Internet ou criarem um blogue em conjunto.


12.Façam palhaçadas, brincam às escondidas e riam muito, afinal de contas, o humor também é uma forma de criatividade.


13.Passem tempo ao ar livre, explorando o vosso bairro ou fazendo pequenas viagens até ao campo, praia e cidade – dê a conhecer o melhor de todos os mundos aos seus filhos. Apreciem a beleza das nuvens, das árvores, do mar, dos riachos, dos pássaros, das flores, dos arranha-céus e dos habitantes das cidades…


14.Envolva-os em exercícios de faz-de-conta, lançando perguntas como: “se eu pudesse inventar uma máquina…”; “se eu tivesse três desejos…”; “se eu pudesse mudar o mundo…”


15.Faça questão de, para além de transmitir sabedoria às crianças, ensinar-lhes capacidades práticas e hábitos de raciocínio – ensine-os a puxarem pelas suas próprias cabeças. Veja tudo como uma oportunidade de conhecimento e transmita isso aos seus filhos.

PERMACULTURA

A Permacultura

Poderiamos definir Permacultura, literalmente, como CULTURA PERMANENTE. Esse conceito foi desenvolvido nos anos 70 por dois australianos: David Holmgren e Bill Mollison, e foi resultado da criação e desenvolvimento de pequenos sistemas produtivos organicamente integrados (a casa, o entorno, as pessoas...) proporcionando responder as necessidades básicas de uma maneira harmoniosa.
Ela se caracteriza por projetos que faz a utilização de métodos ecologicamente saudáveis e economicamente viáveis, que respondam as necessidades básicas sem explorar ou poluir o meio ambiente, que se tornem auto-suficientes a longo prazo.
Entente-se que tanto o habitante quanto a sua morada e também o meio ambiente em que estão inseridos fazem parte de um mesmo e único organismo vivo.
A Permacultura trata as plantas, animais, construções, infra-estruturas (água, energia, comunicações) não apenas como elementos isolados, mas como sendo todos parte de um grande sistema intrinsecamente relacionado.
Para isso, faz-se necessário a observação e a combinação de vários aspectos: os ecossistemas, a sabedoria ancestral e também o conhecimento científico, aproveitando as qualidades inerentes das plantas e animais, combinando suas características naturais com os elementos que compõem a paisagem, e mais a infra-estrutura existentes, para que se possa produzir assim um sistema que suporte o desenvolvimento da vida, tanto na cidade quanto no campo, utilizando-se o mínimo de recursos possíveis.

A Permacultura aproveita todos os recursos disponíveis, e faz uso da maior quantidade de funções possíveis de se aproveitar de cada elemento presente na composição natural do espaço. Mesmo os excedentes e dejetos produzidos por plantas, animais e atividades humanas são utilizados para beneficiar outras partes do sistema.As plantações são organizadas de modo que se aproveite da melhor maneira possível toda a água e a luz disponíveis. Elas são arranjadas num padrão circular em forma de mandalas, com acesso facilitado por todos os lados. Os pomares são cobertos de leguminosas imitando o ambiente das florestas. Os galinheiros são rotativos, para que as galinhas sejam deslocadas para outro ponto após terem estercado a terra, que será usada para outro fim, enquanto que as galinhas preparam e adubam uma nova área..
O princípio básico da Permacultura é: trabalhar "com" e "a favor de", e não "contra a natureza".Os sistemas Permaculturais são desenvolvidos para durar tanto quanto seja possível, com o mínimo de intervenção. Os sistemas são tipicamente energisados com a luz do sol, os ventos, e/ou as águas, produzindo energia suficiente para suas próprias necessidades.
Procura-se aproveitar também toda a flora local, associando árvores, ervas, arbustos e plantas rasteiras...que se alimentam e se protegem mutuamente. A água da chuva também é aproveitada através da instalação de captadores, que faz com que a água seja armazenada e utilizada para diversos fins, como a descarga do vaso sanitário, por exemplo.
E esses são apenas alguns exemplos das muitas possibilidades trabalhadas na Permacultura. Conheça aqui as nossas experiências na utilização dessas técnicas.

IPEMA - Instituto de Permacultura da Mata Atlântica

http://www.ipemabrasil.org.br/portugues.html






O que é a Permacultura?

"Permanent Agriculture" em inglês - nasceu na cabeça de Bill Mollison, ex-professor universitário australiano, na década de 1970. Refugiado das loucuras da sociedade de consumo, Mollison percebeu que nem os cantos remotos do interior australiano onde morava seria poupado do colapso planetário iminente - a flora e a fauna estavam diminuindo sensivelmente..."Resolvi", falou Mollison na sua passagem pelo Brasil em junho de 1992, "que, se voltasse para o mundo, voltaria com uma coisa muito positiva".
Foi assim que nasceu a idéia de criar sistemas de florestas produtivas para substituir as monoculturas de trigo e soja, responsáveis pelo desmatamento mundial. Observando e imitando as formas de florestas naturais do lugar, revelou-se possível a criação de sistemas altamente produtivos, estáveis e recuperadores dos ecossistemas locais.
Depois de dez anos implantando, com grande sucesso, tais sistemas em todos os continentes, Mollison e seus colaboradores perceberam que não adianta concentrar-se em sistemas naturais sem considerar os outros sistemas tão vitais para a sobrevivência humana: sistemas monetários, urbanos (arquitetura, reciclagem de lixo e águas), sociais e de crenças. A "Permanent Culture".
Hoje a permacultura conta com mais de 10.000 praticantes em todos os continentes e mais de 220 professores trabalhando em tempo integral. A permacultura chegou no Brasil através do primeiro curso dado por Bill Mollison, em Porto Alegre. Hoje existe uma equipe de profissionais - agrônomos, engenheiros, arquitetos, etc. - que estão se aprofundando nestas idéias e que já fundaram o primeiro sistema LETS de troca de serviços da América Latina.
Baseada na prática de "Cuidar da Terra, cuidar dos homens e compartilhar os excedentes" (quer sejam dinheiro, tempo ou informações), a permacultura ousa acreditar na possibilidade da abundância para toda a humanidade através do uso intensivo de todos os espaços, através do aproveitamento e geração de energia, da reciclagem de todos os produtos (acabando assim com a poluição) e através da cooperação entre os homens para resolver os grandes e perigosos problemas que hoje assolam o planeta.
Princípios da Permacultura
Princípios Éticos:
Cuidados com o planeta
Cuidados com as pessoas
Compartilhar excedentes (inclusive conhecimentos)
Limites ao consumo
Quanto mais se aproxima da natureza, menos se trabalha.
Quando criamos sistemas auto-sustentados, não precisamos trabalhar para alimentar e proteger os elementos do sistema. Uma floresta produtiva, uma vez estabelecida, exige muito pouco cuidado para se manter, Comparados com as monoculturas, sistemas altamente artificiais que nunca ocorrerão na natureza, sistemas permaculturais que se aproximam da natureza não precisam de adubo, irrigação nem defensivos. Produzem séculos a fio e melhoram cada vez mais o solo, recuperando também o regime das águas da região.
Podemos incorporar animais nestes sistemas se criarmos condições de vida parecidas com aquelas do habitat natural do animal. Tomando o exemplo da galinha, percebemos que é a natureza da galinha de pastar e de ciscar, de comer uma grande variedade de verduras, grãos (pode ser sementes de capins) e insetos. Elas vivem em bandos e sempre dormem no mesmo lugar, no alto. São relativamente resistentes ao frio, mas temem o calor, exigindo sombra. Sofrem predações de gaviões e raposas, precisando de uma boa proteção.




Analisando estas necessidades do animal, podemos muito bem criar uma floresta forrageira para galinhas, incorporando árvores frutíferas (amora, goiaba, acerola, etc.), com verduras rasteiras e grãos (milhetos, capins, etc.), criando um pasto equilibrado onde a galinha se alimenta e se protege. O único trabalho que sobra para o homem nestas condições é de coletar os ovos e vigiar o estado do pasto e dos animais. Uma vez estabelecido, este sistema dura muitos anos com o mínimo de investimento, dando lucro maior do que as granjas industrializadas que exigem altos investimentos em insumos e medicamentos. E, obviamente, a qualidade dos produtos será muito maior.
Substituir altos investimentos e trabalho por planejamento e criatividade.ou"Se o sistema está lhe dando muito trabalho, você ainda não pensou o suficiente"
Scott Pittman
O homem está longe de aproveitar plenamente os seus dons criativos. No planejamento de uma propriedade, reflexão e observação podem mostrar soluções engenhosas para os problemas, evitando gastos e trabalho. Podemos aproveitar ao máximo a força da gravidade, por exemplo, para a distribuição da água, colocando áreas de captação no alto da propriedade em vez de colocá-las, como muitos fazem nas baixas, e depois depender de bombas, Ou podemos observar que os animais de modo geral depositam mais esterco de noite do que de dia. O gado pode pastar nas áreas ricas das baixadas durante o dia e dormir em estábulos no alto da propriedade, retransportando assim os nutriente para o alto da propriedade, de onde, com a ajuda da força da gravidade, a distribuição se torna mais fácil.
Precisamos ter a coragem de criar soluções totalmente diferentes dos vizinhos. E precisamos perceber que nenhum sistema é perfeito: sempre tem espaço para mais um elemento, para mais uma função, muitas vezes simplesmente conectando dois elementos já existentes. O limite do sistema é a nossa criatividade.
O problema é a solução
Problemas apontam situações especiais que podem ter uma função única. Se uma área é árida, por exemplo, pode-se especializar em plantas da família dos cactos, como o Figo da Índia ou a cochonilha, um inseto que produz uma tinta valiosa e que se desenvolve no cactos Opuntia. Se uma encosta é pedregosa, ela pode oferecer condições especiais para certas plantas que não de adaptariam em outra áreas mais férteis da propriedade. Se as lavouras sofrem ataques de caracóis, sinal que esta região se presta para a criação destes. Todo problema aponta para uma oportunidade. É questão de enfoque.
A diversificação garante a estabilidade
A estabilidade de uma propriedade ou de uma comunidade depende da disponibilidade de uma gama de produtos espalhados ao longo do ano. Isto protege contra desastres climáticos, porque no caso de qualquer emergência (seca, tempestade), alguns dos produtos vão escapar, devido a uma resistência maior, ou devido ao fato de crescer em épocas diferentes. Deve-se sempre cogitar culturas de emergência, garantidas de dar alguma produção mesmo sob condições adversas. Os povos antigos fazem policulturas por este motivo. Policulturas que incorporam árvores no sistema são as mais estáveis do todas. Uma floresta produtiva dificilmente se abate com a seca ou com o granizo.



A estabilidade vem quando se fecham os ciclos
Quando uma parte do sistema sustenta outra, evita-se a necessidade de procurar insumos fora da propriedade, fortalecendo assim todo o sistema. Da mesma maneira, uma comunidade inteira ganha estabilidade quando os produtos circulam localmente, evitando assim perdas por desperdício ou sangria para uma metrópole central. Considerando, por exemplo, que um terão dos produtos agrícolas no Brasil se perdem antes de chegar à mesa do consumidor, podemos ver a importância do consumo local, que assegura que o que se produz não se perde no processo de transporte e distribuição.
Da mesma maneira, se numa comunidade o mesmo dinheiro troca de mãos muitas vezes, isto tem o mesmo efeito de ter uma quantidade muito maior de dinheiro disponível. Se este dinheiro vai embora para o centro urbano, a comunidade local se empobrece.
Um dos maiores perigos para a estabilidade de uma propriedade rural ou de uma comunidade¸ a poluição. A vida não se mantém onde não há água limpa, por exemplo. Visto que a poluição provém de produtos ainda não utilizados, podemos vê-la como uma fonte de renda em potencial quando se trata de esgotos, ou mesmo de sub-produtos industriais. Os agrotóxicos obviamente nunca oferecem um potencial para reciclagem (e deveriam ser banidos da face do planeta).
Precisamos responsabilizar-nos pelos nossos netos
Tivemos o privilégio de poder ainda desfrutar de florestas, de beber água limpa , de contemplar paisagens belas. Os nossos netos também têm este direito, e cabe a nós a responsabilidade de assegurar que estes direitos sejam respeitados. Isto pode sugerir muitas frentes de ação: conservação de áreas naturais ainda pouco modificadas pelo homem; desenvolvimento de uma forma de agricultura não devastadora; proteção das águas, especialmente do lençol freático. (Um rio pode-se limpar em poucos anos. Um lençol freático, uma vez poluído, dificilmente se limpa de novo). Em termos práticos, uma floresta desmatada leva entre doze a vinte anos para se recompor, e leva entre sessenta e duzentos anos para chegar a um estágio parecido ao original. Se colhermos somente as árvores no final do seus ciclos e plantarmos culturas adaptadas a estas condições de mata, podemos manter a cobertura vegetal e mesmo assim ter uma boa renda. Cada tipo de árvore tem as suas utilidades. Hoje, nos desmatamentos, a grande massa de madeira (com exceção das árvores mais conhecidas como o mogno) é desperdiçada.
Um agricultor pode muito bem plantar uma parte de sua propriedade com madeiras nobres, criando assim um patrimônio inabalável. Não importa se estas madeiras começarem a dar uma colheita daqui a vinte ou trinta anos: o agricultor, nesta época, já vai estar velho e as árvores podem garantir sua velhice, uma forma de aposentadoria particular. E como se pode colher as madeiras gradativamente, replantando ao mesmo tempo que colhe, ele cria um patrimônio para muitas gerações futuras.




Os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos no nível doméstico
Não há soluções em grande escala para problemas locais. Não há soluções tecnológicas para problemas que são basicamente sociais. Cada vez que uma família consegue se auto-sustentar, produzindo os seus próprios alimentos e reciclando os seus dejetos, esta deixa de participar da agricultura devastadora e deixa de poluir. Cada propriedade, mesmo bem pequena, pode captar água e produzir alimentos. As possibilidades são infinitas: podemos usar toda parede e até telhados das construções para produzir alimentos. Podemos captar água numa variedade de maneiras e reciclar toda água que utilizamos, fazendo-a render muito mais. Tomando como exemplo a perigosa falta de água potável: poucas pessoas se dão conta de que a descarga doméstica gasta 40% de toda a água consumida. Isto representa 100 litros de água por pessoa por dia! Pode-se imaginar a gravidade desta situação numa cidade de milhares ou milhões de pessoas. Podemos dar descarga com a água servida das pias ou do chuveiro, evitando assim este desperdício desastroso para toda a humanidade. Em áreas mais suburbanas ou rurais, podemos desenvolver privadas secas, das quais existem muitos modelos eficazes hoje. Lembrando que os esgotos são também grandes fatores de poluição de lagos, de rios e do mar, vemos a importância do tratamento doméstico dos efluentes através de filtros ou de sistemas com plantas. Uma aldeia (ou bairro) de 300 pessoas tem a capacidade humana de preencher todas as necessidades das pessoas do lugar. Mesmo numa situação urbana, pode-se aproveitar os espaços baldios para produzir alimentos e pequenos animais. Cada vez que isto ocorre, economiza-se petróleo e espaços naturais que hoje estão sendo desmatados para produzir alimentos em grande escala. Plantações pequenas e intensivas são muito mais produtivas em qualquer lugar do mundo. O pavor de falta de terras agrícolas é um mito: toda terra pode ser agrícola! O que se chama "agrícola" hoje são aquelas onde pode-se entrar com máquinas pesadas, comprovadamente destruidoras da estrutura do solo. De fato, as terras mais "agrícolas", em termos de produção, são aquelas frente à porta da cozinha! (é claro que o grande problema é o fato da agricultura se industrializar e ser vista como produtora de dinheiro.



Isto levanta grandes problemas práticos, já que se destrói para ganhar a curto tempo. Isto vai acabar de fato somente quando houver ou uma pressão pública em massa ou quando tais sistemas não forem mais viáveis economicamente. Há sinais de que os dois processo estão acontecendo. O aumento de custos em petróleo e agrotóxicos faz com que a agricultura intensiva e orgânica hoje se torne muito mais lucrativa. Se os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos a nível doméstico, isto implica que nós podemos resolver os nossos problemas, não precisando de algum engenheiro ou outro especialista, ou o governo, etc. para dar as soluções. O poder da ação volta para as mãos do indivíduo, da família, ou da comunidade local.
Todo sistema deve produzir mais energia do que consome
Quando falamos em "energia", podemos pensar em calorias. Vários levantamentos tem mostrado que a agricultura industrializada é, em muitos casos, deficitária energeticamente: para cada caloria de alimento produzida, gastam-se duas a oito (ou mais!) calorias na forma de petróleo (transporte, insumos, máquinas agrícolas, etc.). Qualquer sistema deficitário, que seja em termos monetários ou energéticos, é fadado a falir, cedo ou tarde. Os sistemas permaculturais se tornam produtores energéticos de várias maneiras:
a) Produção intensiva em relação ao trabalho. Sistemas permanentes exigem poucas ou nenhuma máquina e pouco ou nenhum insumo, consumindo menos calorias do que produzem;
b) Produção para consumo local. Evitam-se assim gastos em transporte;
c) Utilização das energias do lugar (gravidade, transporte animal, sol, vento, etc.);
d) Reciclagem dos dejetos. Os fertilizantes industrializados são produzidos a partir do petróleo e exigem muitos gastos em transporte. Quando os insumos são produzidos localmente, evitam-se todos estes gastos;
e) Utilizando energias alternativas captadas no lugar: cozinhado com fogões solares e a lenha, biogás, painéis solares, etc.
Visa-se cooperação em vez de competição, integração em vez de fragmentação
O espírito de cooperação é a grande chave para a recuperação da qualidade de vida no planeta. Vista em termos sociais, a cooperação nos leva a ver todo estranho como amigo em potencial, enquanto a competição nos ensina a ver todo estranho com adversário em potencial. Esta mudança de atitude traz mudanças de comportamento fundamentais. Na cooperação, a energia é gasta de uma maneira mais construtiva, somando a energia de uns com os outros, em vez de se anularem mutuamente, como é o caso da competição. Na agricultura, esta mudança de atitude também transforma o comportamento. Se uma praga ataca a lavoura, um agricultor que se baseia em cooperação com a natureza procurará compreender o porque deste ataque. A planta está enfraquecida? O inseto está com fome por falta de um posto natural? Chega-se até a plantar alimentos para o inseto considerado 'praga', reconhecendo que este, como todo ser natural, merece viver. Este convívio pacífico com a natureza faz com que o agricultor não precise mais declarar guerra química na sua propriedade, produzindo assim alimentos de qualidade e limpos, sem comprometer a qualidade da água nem do solo. A cooperação nos leva a ver tudo como sendo interligado. Não é: "eu contra você", mas "eu junto com você". Não é: eu contra a praga, mas eu trabalhando em conjunto com a natureza, dentro de um contexto. Desaparece o sentido da fragmentação, de ver um mundo como formado de peças separadas, passando a ver o mundo como um todo integrado, onde mudanças em um elemento dentro do sistema (agrícola ou social), modifica a situação de muitos outros elementos que estão interligados com este. Isto é o que transforma o sistema todo.
(texto adaptado do Instituto de Permacultura da Bahia)
A permacultura não é apenas uma técnica ou muito menos um pacote. É muito mais complexo que uma simples agricultura sem agrotóxicos, mais complexo que uma agricultura ecológica, ou sustentável, ou biodinâmica. É uma forma de viver que pode ou não envolver essas e outras técnicas. Ao mesmo tempo é muito mais simples por ser a conduta natural das coisas. Necessita apenas de uma observação sem máscaras, da natureza, sem pressa e com atenção. Sem preconceitos.




A CASA NA MONTANHA
http://yvypora.wordpress.com/

PERMACULTURA NO BRASIL
http://www.permacultura.org.br/

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PROJETO JOVEM PROFISSIONAL

O JOVEM PROFISSIONAL





http://ematmaosaobra.vilabol.uol.com.br/Conhecimento.html


INSCRIÇÃO DE CURSOS PROFISSIONALIZANTES GRATIS A DISTANCIA DA FAETEC

http://www.hostpobre.com/inscricao-cursos-profissionalizantes-gratis-a-distancia-da-faetec.html

Ecoturismo e Ecoesporte

ECOTURISMO


O AMBIENTE CONFLITUOSO DO ECOTURISMO NA CHAPADA DOS VEADEIROS

Altino Bomfim de Oliveira Junior
(Professor da UFBA e doutor em Sociologia Política)


1. INTRODUÇÃO
O discurso oficial tem colocado o turismo como prioridade nas políticas públicas, com base
na suposição de que o mesmo promove o desenvolvimento gerando emprego e renda.
Entretanto as contradições geradas pela intervenção dos atores sociais tem provocado
intensos conflitos que modificam a realidade local e tende a prejudicar as comunidades.
Estudo que realizamos na região da Chapada dos Veadeiros, entre 2001 e 2002 mostrou
uma significativa expansão das diversas modalidades de turismo, dentre as quais destaca-se
o ecoturismo, atividade cuja essência é a natureza ainda preservada.
Na pesquisa realizada utilizando a abordagem da sociedade de risco de Beck (1995) e
categorias sociológicas trabalhadas por Giddens (1991), identifiquei conflitos
socioeconômicos, políticos, culturais e ambientais, resultante dos interesses diversificados
dos atores envolvidos com a atividade.
Leia o estudo completo no link abaixo:
http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro2/GT/GT15/altino_bonfim.pdf



Aliança Planetária - Projeto Ecoturismo:

Ativação de escolas aprovadas pelo MEC para Guias Turísticos dentro de uma visão ecológica e também de resgate da cultura local, onde os turistas podem interagir melhor com a estrutura sócio-cultural ambiental de forma agradável e organizada, com intercâmbio de benefícios para ambos. Extensivo a todas as regiões do Brasil.