domingo, 30 de agosto de 2009

ECOVILAS - CHACARA REBENDOLENGUE

As fotos abaixo foram tiradas de chalés da Chácara Rebendolengue em São João D'Aliança - Chapada dos Veadeiros - Go. Esses chalés são modelos de construções ecológicas feitas em Adobe, e todo o sítio segue o Padrão das Atividades em Permacultura. As ecovilas implantadas pela ALIANÇA PLANETÁRIA seguirão os padrões orientados pelo IPEC ( Instituto de Permacultura de Pirenópolis) dentro dessa mesma visão e direcionamento.







































































terça-feira, 4 de agosto de 2009

CRIANÇA-CRIATIVA

CRIANÇA NASCEU PARA BRINCAR E SER FELIZ
Este trabalho é baseado nos assuntos tratados nas reuniões que realizamos entre as crianças, jovens e pré-adolescentes dos projetos sociais promovidos pelas prefeituras e instituições que envolvem auxílio, amparo, instrução e alimentação às crianças que sofrem de violência em suas casas, muitas vezes por causa do vício pelas bebidas e drogas que desintegram muitas famílias e tanto afligem toda humanidade!Aos profissionais da área de educação, pedagogia, dos projetos sociais, humanitários, etc... Assim como todas as pessoas, sem distinções, que sentirem em seus corações o chamado e quiserem trabalhar conosco levando as palestras e todo material gratuito disponível, às crianças e à toda humanidade nos mantemos à disposição seja aqui no fórum seja pelo e-mail:urielheart@yahoo.com.br

A criatividade é um ato característico do ser humano e deve ser exercido de forma livre e sem nenhum tipo de limitação.

Somente o ser humano cria, inventa.

Na criança, a criatividade desempenha um papel importante na formação da personalidade.

Quando um adulto (pai, mãe ou professor) deixa de lado o conteúdo e preocupam-se mais com a forma, os procedimentos, a receita, ele estará bloqueando a criatividade da criança.

O ideal é fornecer apenas o conteúdo e deixar a criança descobrir sozinha ou criar por conta própria a "receita", o procedimento para se chegar ao objetivo final.


Criar é a tentativa de se chegar lá. É busca de alternativas, é a tentativa de encontrar uma outra forma, um outro jeito, mais rápido ou mais fácil de fazer a coisa.
É o processo de aprendizado. Aprendemos mais um jeito de fazer a coisa. Desse jeito também dá certo. Dessa forma fica melhor. Assim é mais fácil.
Quando um adulto, perante uma criança, insiste que a criança faça "do jeito" que o adulto quer, ele estará tolhendo a criatividade, tolhendo a oportunidade que a criança tem de exercitar a sua busca, a sua tentativa e o descobrimento da sua forma, do seu jeito de fazer a coisa. A conquista, neste caso, não terá valor para a criança, embora o adulto fique radiante e vá anunciar a todos que o "seu filho" ou o "seu aluno" conseguiu fazer uma coisa que mesmo o adulto teria muita dificuldade.



Na verdade, a dificuldade não está na coisa mas sim na forma, no jeito que o adulto utiliza para resolver a questão. Por isso é que o adulto acha a coisa muito difícil. A criança, quando lhe é dada a opção própria, vai encontrar um outro jeito, uma outra forma bem mais simples e fácil de fazer a coisa. Consequentemente, a criança não vai achar que a solução daquele "problema" seja uma conquista tão importante como o adulto acha que é.

O adulto que quer impor o seu jeito não conhece a evolução e acha que as coisas devem ser feitas de determinadas maneiras e não admitem novas formas. Encontramos isso com muita freqüência na vida profissional. Muitos dirigentes de empresas (que se consideram EMPRESÁRIOS) agem dessa forma.
Muitos conceituam a Criatividade como a ação de busca de uma solução onde os outros não enxergam nenhuma solução. Essa é uma visão pequena. A verdadeira Criatividade encontra novas soluções em problemas que já estão cheios de soluções maravilhosas. O "mercado" é a relação entre 2 pessoas (uma que quer vender e outra que quer comprar) e é uma das atividades mais antigas da humanidade e que já deveríamos ter descoberto todas as soluções, ainda hoje encontramos novas soluções extremamente criativas.
Por isso, mesmo nas coisas mais simples da vida como ensinar que 2 mais 2 são quatro, o educador, seja ele amador (pais) ou profissional (professores) deve tomar extremo cuidado para não tolher a criatividade do aprendiz. A gente vê muito comumente, mesmo nas ruas, adultos explicando para uma crinaça COMO as coisas devem ser feitas. Isso é pura perda de tempo.

15 DICAS PARA CRIAR CRIANÇAS CRIATIVAS


Entre a televisão, os DVDs, o computador e os jogos de consola, as crianças estão mais amigas das altas tecnologias e dos gadgets – ou seja, daquilo que já está pronto a consumir e ainda por cima muito facilitado – do que das suas próprias mãos e imaginações que, bem estimuladas, podem revelar pequenos grandes artistas. Criar crianças criativas é mais fácil e divertido do que imagina e saber pensar de forma inovadora e sem limites é uma excelente ferramenta para a vida.

1.Faça questão de organizar actividades criativas que possa desenvolver com os seus filhos, pelo menos uma vez por semana. Por exemplo, a tarde de sábado pode estar reservada para pintarem um mural na parede do jardim ou então para fazerem artes decorativas ou uma sessão de cozinha infantil. Varie muito, para que possa perceber quais as actividades criativas mais apreciadas e, quem sabe, descobrir algum talento escondido. Tenha uma lista de possíveis passatempos para os dias chuvosos ou quando a pequenada está especialmente irrequieta.


2.A vossa própria casa deve ser um local de inspiração. Faça questão de encher as paredes de arte, fotografia e ilustração; tenha sempre música a tocar e introduza a pequenada a todo o tipo de géneros musicais. Se puder, crie um “cantinho artístico” em casa – recheado com papel, cadernos, tintas, marcadores, lápis de cera, tecidos, plasticina, revistas velhas, cola, etc. – onde as crianças possam expressar a sua criatividade de forma espontânea.


3.Motive as crianças para desenvolverem projectos distintos de tudo aquilo que já viram, ou seja, incentive-as a terem as suas próprias ideias e a executá-las. Pode fazer perguntas como “o que será que aconteceria se…” para estimular a imaginação. Encoraje os miúdos a terem mentes abertas e a experimentarem um pouco de tudo.


4.Quando a pequenada pedir que seja você a fazer um desenho, inverta a situação, dizendo que adorava ver o que eles conseguiriam criar. Nunca espere perfeição ou maturidade de um projecto infantil, mas sim deve valorizar a genuidade e originalidade destas pequenas obras de arte.


5.Tente dar igual (ou até mais importância) a todo o processo criativo, em vez de concentrar as atenções exclusivamente no resultado final. Porém, as obras-primas das crianças devem ser exibidas para toda a família poder contemplar, sendo esta uma forma de não só aplaudir a criatividade da criança, como incentivá-la a continuar.


6.Limite o tempo que os miúdos passam em frente à televisão, computador e consolas de jogos, mas não o tempo livre que têm para realmente brincar, criar e inovar. Incentive-os a criarem os seus próprios jogos, a organizarem peças de teatro ou a elaborarem um livro ou revista – é uma excelente forma de descobrirem e se apaixonarem pela sua imaginação.

7.Envolva-se nas brincadeiras das crianças, mas deixe que sejam elas os líderes – mesmo que não estejam a fazer as coisas como deviam ou como gostaria que as fizessem, deixe-as chegar ao fim. Desta forma, para além de ganharem confiança nas suas próprias ideias, vão poder perceber o que correu menos bem e como fazer da próxima vez.


8.Faça questão de expor as crianças ao mundo da arte e da cultura: desde lições de música ou de dança, passando por visitas frequentes a museus, galerias de arte e até concertos e peças de teatro. Desde que possam apreciar, haverá sempre alguma coisa que vão retirar destas experiências, permitindo ainda o desenvolvimento de um gosto que os possa acompanhar durante o resto da vida.


9.Não descure a escrita criativa (pode ajudá-los a escrever num diário, uma história ou uma peça de teatro para depois ensaiarem); a leitura (importantíssimo para estimular pequenos cérebros e fomentar o gosto por este excelente hábito; leia em voz alta – eles adoram!); e até a fotografia (com as máquinas digitais, os miúdos podem tirar centenas de fotografias sem gastar um cêntimo e será sempre muito interessante observar as suas perspectivas).

10.Impulsione as crianças a fazerem perguntas e envolva-as nas próprias respostas, estimulando-os para dizerem “porque é que acham que é assim?” e “se isto fosse diferente?”…


11.Encontre um equilíbrio entre actividades tradicionais como puzzles, exercícios de linguagem e matemática; e as novas tecnologias, caso de kits de ciência, pesquisar na Internet ou criarem um blogue em conjunto.


12.Façam palhaçadas, brincam às escondidas e riam muito, afinal de contas, o humor também é uma forma de criatividade.


13.Passem tempo ao ar livre, explorando o vosso bairro ou fazendo pequenas viagens até ao campo, praia e cidade – dê a conhecer o melhor de todos os mundos aos seus filhos. Apreciem a beleza das nuvens, das árvores, do mar, dos riachos, dos pássaros, das flores, dos arranha-céus e dos habitantes das cidades…


14.Envolva-os em exercícios de faz-de-conta, lançando perguntas como: “se eu pudesse inventar uma máquina…”; “se eu tivesse três desejos…”; “se eu pudesse mudar o mundo…”


15.Faça questão de, para além de transmitir sabedoria às crianças, ensinar-lhes capacidades práticas e hábitos de raciocínio – ensine-os a puxarem pelas suas próprias cabeças. Veja tudo como uma oportunidade de conhecimento e transmita isso aos seus filhos.

PERMACULTURA

A Permacultura

Poderiamos definir Permacultura, literalmente, como CULTURA PERMANENTE. Esse conceito foi desenvolvido nos anos 70 por dois australianos: David Holmgren e Bill Mollison, e foi resultado da criação e desenvolvimento de pequenos sistemas produtivos organicamente integrados (a casa, o entorno, as pessoas...) proporcionando responder as necessidades básicas de uma maneira harmoniosa.
Ela se caracteriza por projetos que faz a utilização de métodos ecologicamente saudáveis e economicamente viáveis, que respondam as necessidades básicas sem explorar ou poluir o meio ambiente, que se tornem auto-suficientes a longo prazo.
Entente-se que tanto o habitante quanto a sua morada e também o meio ambiente em que estão inseridos fazem parte de um mesmo e único organismo vivo.
A Permacultura trata as plantas, animais, construções, infra-estruturas (água, energia, comunicações) não apenas como elementos isolados, mas como sendo todos parte de um grande sistema intrinsecamente relacionado.
Para isso, faz-se necessário a observação e a combinação de vários aspectos: os ecossistemas, a sabedoria ancestral e também o conhecimento científico, aproveitando as qualidades inerentes das plantas e animais, combinando suas características naturais com os elementos que compõem a paisagem, e mais a infra-estrutura existentes, para que se possa produzir assim um sistema que suporte o desenvolvimento da vida, tanto na cidade quanto no campo, utilizando-se o mínimo de recursos possíveis.

A Permacultura aproveita todos os recursos disponíveis, e faz uso da maior quantidade de funções possíveis de se aproveitar de cada elemento presente na composição natural do espaço. Mesmo os excedentes e dejetos produzidos por plantas, animais e atividades humanas são utilizados para beneficiar outras partes do sistema.As plantações são organizadas de modo que se aproveite da melhor maneira possível toda a água e a luz disponíveis. Elas são arranjadas num padrão circular em forma de mandalas, com acesso facilitado por todos os lados. Os pomares são cobertos de leguminosas imitando o ambiente das florestas. Os galinheiros são rotativos, para que as galinhas sejam deslocadas para outro ponto após terem estercado a terra, que será usada para outro fim, enquanto que as galinhas preparam e adubam uma nova área..
O princípio básico da Permacultura é: trabalhar "com" e "a favor de", e não "contra a natureza".Os sistemas Permaculturais são desenvolvidos para durar tanto quanto seja possível, com o mínimo de intervenção. Os sistemas são tipicamente energisados com a luz do sol, os ventos, e/ou as águas, produzindo energia suficiente para suas próprias necessidades.
Procura-se aproveitar também toda a flora local, associando árvores, ervas, arbustos e plantas rasteiras...que se alimentam e se protegem mutuamente. A água da chuva também é aproveitada através da instalação de captadores, que faz com que a água seja armazenada e utilizada para diversos fins, como a descarga do vaso sanitário, por exemplo.
E esses são apenas alguns exemplos das muitas possibilidades trabalhadas na Permacultura. Conheça aqui as nossas experiências na utilização dessas técnicas.

IPEMA - Instituto de Permacultura da Mata Atlântica

http://www.ipemabrasil.org.br/portugues.html






O que é a Permacultura?

"Permanent Agriculture" em inglês - nasceu na cabeça de Bill Mollison, ex-professor universitário australiano, na década de 1970. Refugiado das loucuras da sociedade de consumo, Mollison percebeu que nem os cantos remotos do interior australiano onde morava seria poupado do colapso planetário iminente - a flora e a fauna estavam diminuindo sensivelmente..."Resolvi", falou Mollison na sua passagem pelo Brasil em junho de 1992, "que, se voltasse para o mundo, voltaria com uma coisa muito positiva".
Foi assim que nasceu a idéia de criar sistemas de florestas produtivas para substituir as monoculturas de trigo e soja, responsáveis pelo desmatamento mundial. Observando e imitando as formas de florestas naturais do lugar, revelou-se possível a criação de sistemas altamente produtivos, estáveis e recuperadores dos ecossistemas locais.
Depois de dez anos implantando, com grande sucesso, tais sistemas em todos os continentes, Mollison e seus colaboradores perceberam que não adianta concentrar-se em sistemas naturais sem considerar os outros sistemas tão vitais para a sobrevivência humana: sistemas monetários, urbanos (arquitetura, reciclagem de lixo e águas), sociais e de crenças. A "Permanent Culture".
Hoje a permacultura conta com mais de 10.000 praticantes em todos os continentes e mais de 220 professores trabalhando em tempo integral. A permacultura chegou no Brasil através do primeiro curso dado por Bill Mollison, em Porto Alegre. Hoje existe uma equipe de profissionais - agrônomos, engenheiros, arquitetos, etc. - que estão se aprofundando nestas idéias e que já fundaram o primeiro sistema LETS de troca de serviços da América Latina.
Baseada na prática de "Cuidar da Terra, cuidar dos homens e compartilhar os excedentes" (quer sejam dinheiro, tempo ou informações), a permacultura ousa acreditar na possibilidade da abundância para toda a humanidade através do uso intensivo de todos os espaços, através do aproveitamento e geração de energia, da reciclagem de todos os produtos (acabando assim com a poluição) e através da cooperação entre os homens para resolver os grandes e perigosos problemas que hoje assolam o planeta.
Princípios da Permacultura
Princípios Éticos:
Cuidados com o planeta
Cuidados com as pessoas
Compartilhar excedentes (inclusive conhecimentos)
Limites ao consumo
Quanto mais se aproxima da natureza, menos se trabalha.
Quando criamos sistemas auto-sustentados, não precisamos trabalhar para alimentar e proteger os elementos do sistema. Uma floresta produtiva, uma vez estabelecida, exige muito pouco cuidado para se manter, Comparados com as monoculturas, sistemas altamente artificiais que nunca ocorrerão na natureza, sistemas permaculturais que se aproximam da natureza não precisam de adubo, irrigação nem defensivos. Produzem séculos a fio e melhoram cada vez mais o solo, recuperando também o regime das águas da região.
Podemos incorporar animais nestes sistemas se criarmos condições de vida parecidas com aquelas do habitat natural do animal. Tomando o exemplo da galinha, percebemos que é a natureza da galinha de pastar e de ciscar, de comer uma grande variedade de verduras, grãos (pode ser sementes de capins) e insetos. Elas vivem em bandos e sempre dormem no mesmo lugar, no alto. São relativamente resistentes ao frio, mas temem o calor, exigindo sombra. Sofrem predações de gaviões e raposas, precisando de uma boa proteção.




Analisando estas necessidades do animal, podemos muito bem criar uma floresta forrageira para galinhas, incorporando árvores frutíferas (amora, goiaba, acerola, etc.), com verduras rasteiras e grãos (milhetos, capins, etc.), criando um pasto equilibrado onde a galinha se alimenta e se protege. O único trabalho que sobra para o homem nestas condições é de coletar os ovos e vigiar o estado do pasto e dos animais. Uma vez estabelecido, este sistema dura muitos anos com o mínimo de investimento, dando lucro maior do que as granjas industrializadas que exigem altos investimentos em insumos e medicamentos. E, obviamente, a qualidade dos produtos será muito maior.
Substituir altos investimentos e trabalho por planejamento e criatividade.ou"Se o sistema está lhe dando muito trabalho, você ainda não pensou o suficiente"
Scott Pittman
O homem está longe de aproveitar plenamente os seus dons criativos. No planejamento de uma propriedade, reflexão e observação podem mostrar soluções engenhosas para os problemas, evitando gastos e trabalho. Podemos aproveitar ao máximo a força da gravidade, por exemplo, para a distribuição da água, colocando áreas de captação no alto da propriedade em vez de colocá-las, como muitos fazem nas baixas, e depois depender de bombas, Ou podemos observar que os animais de modo geral depositam mais esterco de noite do que de dia. O gado pode pastar nas áreas ricas das baixadas durante o dia e dormir em estábulos no alto da propriedade, retransportando assim os nutriente para o alto da propriedade, de onde, com a ajuda da força da gravidade, a distribuição se torna mais fácil.
Precisamos ter a coragem de criar soluções totalmente diferentes dos vizinhos. E precisamos perceber que nenhum sistema é perfeito: sempre tem espaço para mais um elemento, para mais uma função, muitas vezes simplesmente conectando dois elementos já existentes. O limite do sistema é a nossa criatividade.
O problema é a solução
Problemas apontam situações especiais que podem ter uma função única. Se uma área é árida, por exemplo, pode-se especializar em plantas da família dos cactos, como o Figo da Índia ou a cochonilha, um inseto que produz uma tinta valiosa e que se desenvolve no cactos Opuntia. Se uma encosta é pedregosa, ela pode oferecer condições especiais para certas plantas que não de adaptariam em outra áreas mais férteis da propriedade. Se as lavouras sofrem ataques de caracóis, sinal que esta região se presta para a criação destes. Todo problema aponta para uma oportunidade. É questão de enfoque.
A diversificação garante a estabilidade
A estabilidade de uma propriedade ou de uma comunidade depende da disponibilidade de uma gama de produtos espalhados ao longo do ano. Isto protege contra desastres climáticos, porque no caso de qualquer emergência (seca, tempestade), alguns dos produtos vão escapar, devido a uma resistência maior, ou devido ao fato de crescer em épocas diferentes. Deve-se sempre cogitar culturas de emergência, garantidas de dar alguma produção mesmo sob condições adversas. Os povos antigos fazem policulturas por este motivo. Policulturas que incorporam árvores no sistema são as mais estáveis do todas. Uma floresta produtiva dificilmente se abate com a seca ou com o granizo.



A estabilidade vem quando se fecham os ciclos
Quando uma parte do sistema sustenta outra, evita-se a necessidade de procurar insumos fora da propriedade, fortalecendo assim todo o sistema. Da mesma maneira, uma comunidade inteira ganha estabilidade quando os produtos circulam localmente, evitando assim perdas por desperdício ou sangria para uma metrópole central. Considerando, por exemplo, que um terão dos produtos agrícolas no Brasil se perdem antes de chegar à mesa do consumidor, podemos ver a importância do consumo local, que assegura que o que se produz não se perde no processo de transporte e distribuição.
Da mesma maneira, se numa comunidade o mesmo dinheiro troca de mãos muitas vezes, isto tem o mesmo efeito de ter uma quantidade muito maior de dinheiro disponível. Se este dinheiro vai embora para o centro urbano, a comunidade local se empobrece.
Um dos maiores perigos para a estabilidade de uma propriedade rural ou de uma comunidade¸ a poluição. A vida não se mantém onde não há água limpa, por exemplo. Visto que a poluição provém de produtos ainda não utilizados, podemos vê-la como uma fonte de renda em potencial quando se trata de esgotos, ou mesmo de sub-produtos industriais. Os agrotóxicos obviamente nunca oferecem um potencial para reciclagem (e deveriam ser banidos da face do planeta).
Precisamos responsabilizar-nos pelos nossos netos
Tivemos o privilégio de poder ainda desfrutar de florestas, de beber água limpa , de contemplar paisagens belas. Os nossos netos também têm este direito, e cabe a nós a responsabilidade de assegurar que estes direitos sejam respeitados. Isto pode sugerir muitas frentes de ação: conservação de áreas naturais ainda pouco modificadas pelo homem; desenvolvimento de uma forma de agricultura não devastadora; proteção das águas, especialmente do lençol freático. (Um rio pode-se limpar em poucos anos. Um lençol freático, uma vez poluído, dificilmente se limpa de novo). Em termos práticos, uma floresta desmatada leva entre doze a vinte anos para se recompor, e leva entre sessenta e duzentos anos para chegar a um estágio parecido ao original. Se colhermos somente as árvores no final do seus ciclos e plantarmos culturas adaptadas a estas condições de mata, podemos manter a cobertura vegetal e mesmo assim ter uma boa renda. Cada tipo de árvore tem as suas utilidades. Hoje, nos desmatamentos, a grande massa de madeira (com exceção das árvores mais conhecidas como o mogno) é desperdiçada.
Um agricultor pode muito bem plantar uma parte de sua propriedade com madeiras nobres, criando assim um patrimônio inabalável. Não importa se estas madeiras começarem a dar uma colheita daqui a vinte ou trinta anos: o agricultor, nesta época, já vai estar velho e as árvores podem garantir sua velhice, uma forma de aposentadoria particular. E como se pode colher as madeiras gradativamente, replantando ao mesmo tempo que colhe, ele cria um patrimônio para muitas gerações futuras.




Os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos no nível doméstico
Não há soluções em grande escala para problemas locais. Não há soluções tecnológicas para problemas que são basicamente sociais. Cada vez que uma família consegue se auto-sustentar, produzindo os seus próprios alimentos e reciclando os seus dejetos, esta deixa de participar da agricultura devastadora e deixa de poluir. Cada propriedade, mesmo bem pequena, pode captar água e produzir alimentos. As possibilidades são infinitas: podemos usar toda parede e até telhados das construções para produzir alimentos. Podemos captar água numa variedade de maneiras e reciclar toda água que utilizamos, fazendo-a render muito mais. Tomando como exemplo a perigosa falta de água potável: poucas pessoas se dão conta de que a descarga doméstica gasta 40% de toda a água consumida. Isto representa 100 litros de água por pessoa por dia! Pode-se imaginar a gravidade desta situação numa cidade de milhares ou milhões de pessoas. Podemos dar descarga com a água servida das pias ou do chuveiro, evitando assim este desperdício desastroso para toda a humanidade. Em áreas mais suburbanas ou rurais, podemos desenvolver privadas secas, das quais existem muitos modelos eficazes hoje. Lembrando que os esgotos são também grandes fatores de poluição de lagos, de rios e do mar, vemos a importância do tratamento doméstico dos efluentes através de filtros ou de sistemas com plantas. Uma aldeia (ou bairro) de 300 pessoas tem a capacidade humana de preencher todas as necessidades das pessoas do lugar. Mesmo numa situação urbana, pode-se aproveitar os espaços baldios para produzir alimentos e pequenos animais. Cada vez que isto ocorre, economiza-se petróleo e espaços naturais que hoje estão sendo desmatados para produzir alimentos em grande escala. Plantações pequenas e intensivas são muito mais produtivas em qualquer lugar do mundo. O pavor de falta de terras agrícolas é um mito: toda terra pode ser agrícola! O que se chama "agrícola" hoje são aquelas onde pode-se entrar com máquinas pesadas, comprovadamente destruidoras da estrutura do solo. De fato, as terras mais "agrícolas", em termos de produção, são aquelas frente à porta da cozinha! (é claro que o grande problema é o fato da agricultura se industrializar e ser vista como produtora de dinheiro.



Isto levanta grandes problemas práticos, já que se destrói para ganhar a curto tempo. Isto vai acabar de fato somente quando houver ou uma pressão pública em massa ou quando tais sistemas não forem mais viáveis economicamente. Há sinais de que os dois processo estão acontecendo. O aumento de custos em petróleo e agrotóxicos faz com que a agricultura intensiva e orgânica hoje se torne muito mais lucrativa. Se os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos a nível doméstico, isto implica que nós podemos resolver os nossos problemas, não precisando de algum engenheiro ou outro especialista, ou o governo, etc. para dar as soluções. O poder da ação volta para as mãos do indivíduo, da família, ou da comunidade local.
Todo sistema deve produzir mais energia do que consome
Quando falamos em "energia", podemos pensar em calorias. Vários levantamentos tem mostrado que a agricultura industrializada é, em muitos casos, deficitária energeticamente: para cada caloria de alimento produzida, gastam-se duas a oito (ou mais!) calorias na forma de petróleo (transporte, insumos, máquinas agrícolas, etc.). Qualquer sistema deficitário, que seja em termos monetários ou energéticos, é fadado a falir, cedo ou tarde. Os sistemas permaculturais se tornam produtores energéticos de várias maneiras:
a) Produção intensiva em relação ao trabalho. Sistemas permanentes exigem poucas ou nenhuma máquina e pouco ou nenhum insumo, consumindo menos calorias do que produzem;
b) Produção para consumo local. Evitam-se assim gastos em transporte;
c) Utilização das energias do lugar (gravidade, transporte animal, sol, vento, etc.);
d) Reciclagem dos dejetos. Os fertilizantes industrializados são produzidos a partir do petróleo e exigem muitos gastos em transporte. Quando os insumos são produzidos localmente, evitam-se todos estes gastos;
e) Utilizando energias alternativas captadas no lugar: cozinhado com fogões solares e a lenha, biogás, painéis solares, etc.
Visa-se cooperação em vez de competição, integração em vez de fragmentação
O espírito de cooperação é a grande chave para a recuperação da qualidade de vida no planeta. Vista em termos sociais, a cooperação nos leva a ver todo estranho como amigo em potencial, enquanto a competição nos ensina a ver todo estranho com adversário em potencial. Esta mudança de atitude traz mudanças de comportamento fundamentais. Na cooperação, a energia é gasta de uma maneira mais construtiva, somando a energia de uns com os outros, em vez de se anularem mutuamente, como é o caso da competição. Na agricultura, esta mudança de atitude também transforma o comportamento. Se uma praga ataca a lavoura, um agricultor que se baseia em cooperação com a natureza procurará compreender o porque deste ataque. A planta está enfraquecida? O inseto está com fome por falta de um posto natural? Chega-se até a plantar alimentos para o inseto considerado 'praga', reconhecendo que este, como todo ser natural, merece viver. Este convívio pacífico com a natureza faz com que o agricultor não precise mais declarar guerra química na sua propriedade, produzindo assim alimentos de qualidade e limpos, sem comprometer a qualidade da água nem do solo. A cooperação nos leva a ver tudo como sendo interligado. Não é: "eu contra você", mas "eu junto com você". Não é: eu contra a praga, mas eu trabalhando em conjunto com a natureza, dentro de um contexto. Desaparece o sentido da fragmentação, de ver um mundo como formado de peças separadas, passando a ver o mundo como um todo integrado, onde mudanças em um elemento dentro do sistema (agrícola ou social), modifica a situação de muitos outros elementos que estão interligados com este. Isto é o que transforma o sistema todo.
(texto adaptado do Instituto de Permacultura da Bahia)
A permacultura não é apenas uma técnica ou muito menos um pacote. É muito mais complexo que uma simples agricultura sem agrotóxicos, mais complexo que uma agricultura ecológica, ou sustentável, ou biodinâmica. É uma forma de viver que pode ou não envolver essas e outras técnicas. Ao mesmo tempo é muito mais simples por ser a conduta natural das coisas. Necessita apenas de uma observação sem máscaras, da natureza, sem pressa e com atenção. Sem preconceitos.




A CASA NA MONTANHA
http://yvypora.wordpress.com/

PERMACULTURA NO BRASIL
http://www.permacultura.org.br/

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PROJETO JOVEM PROFISSIONAL

O JOVEM PROFISSIONAL





http://ematmaosaobra.vilabol.uol.com.br/Conhecimento.html


INSCRIÇÃO DE CURSOS PROFISSIONALIZANTES GRATIS A DISTANCIA DA FAETEC

http://www.hostpobre.com/inscricao-cursos-profissionalizantes-gratis-a-distancia-da-faetec.html

Ecoturismo e Ecoesporte

ECOTURISMO


O AMBIENTE CONFLITUOSO DO ECOTURISMO NA CHAPADA DOS VEADEIROS

Altino Bomfim de Oliveira Junior
(Professor da UFBA e doutor em Sociologia Política)


1. INTRODUÇÃO
O discurso oficial tem colocado o turismo como prioridade nas políticas públicas, com base
na suposição de que o mesmo promove o desenvolvimento gerando emprego e renda.
Entretanto as contradições geradas pela intervenção dos atores sociais tem provocado
intensos conflitos que modificam a realidade local e tende a prejudicar as comunidades.
Estudo que realizamos na região da Chapada dos Veadeiros, entre 2001 e 2002 mostrou
uma significativa expansão das diversas modalidades de turismo, dentre as quais destaca-se
o ecoturismo, atividade cuja essência é a natureza ainda preservada.
Na pesquisa realizada utilizando a abordagem da sociedade de risco de Beck (1995) e
categorias sociológicas trabalhadas por Giddens (1991), identifiquei conflitos
socioeconômicos, políticos, culturais e ambientais, resultante dos interesses diversificados
dos atores envolvidos com a atividade.
Leia o estudo completo no link abaixo:
http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro2/GT/GT15/altino_bonfim.pdf



Aliança Planetária - Projeto Ecoturismo:

Ativação de escolas aprovadas pelo MEC para Guias Turísticos dentro de uma visão ecológica e também de resgate da cultura local, onde os turistas podem interagir melhor com a estrutura sócio-cultural ambiental de forma agradável e organizada, com intercâmbio de benefícios para ambos. Extensivo a todas as regiões do Brasil.