terça-feira, 13 de outubro de 2009

BISCOITOS ESCRITOS


“TUDO O QUE ALGUÉM IMAGINA OU SONHA JÁ É UM PROJETO DO AMANHÃ; REALIZÁ-LO OU NÃO, DEPENDE DE CADA UM DE NÓS”.



BISCOITO ESCRITO

!!!!Horta Mandala....Mulheres e Homens guardiões da Natureza e da Comunidade.É o Vale do Jequitinhonha, num recanto do agreste brasileiro, onde "Quando à noite a Lua dança..." tudo o mais vibra em harmonioso respeito pela vida.É o mundo rural, o mundo da minha infância! Quanta saudade, lá do vale do Paranapanema... das noite de luar, do canto das cigarras, da farta horta verde, das amoreiras, das melancias e melões, das goiabeiras, dos coqueirais, da hora do grito quando a passarada voltava para seus ninhos, depois de mais um dia pelas matas...Mas, voltemos ao "Biscoito Escrito" lá das comunidades atuais do vale do Jequitinhonha, onde a mulher rústica de alma pura, ensina às crianças a escrever o próprio nome com a massa preparada por ela com muito carinho.- A, B, C, D, E... ,X, Y, Z... e, as crianças vão escrevendo seus nomes; alegremente assam em forno a lenha, e, saboreiam o sabor do saber.Volto mais uma vez no tempo que me faz lembrar dos pães e dos "bollos", do bolo de fubá com erva-doce... Aprendíamos a contar: quantas medidas de farinha de trigo, quantos ovos, quanto de leite, quantos pães, quantos pedaços... A vida simples e harmoniosa é assim. Feita de pequenos detalhes, aromas, sabores, experiências que ficam para sempre na lembrança e vão alimentar sonhos e realizações pessoais.A Mandala, o cuidado com o solo, com as plantas, com a água, com os sentimentos numa verdadeira reverência pela vida e pela Natureza.Um maravilhoso exemplo para a humanidade tão carente de valores. Uma lição de vida para aqueles que pleiteiam por um pedaço de terra, mas só sabem destruir... - como infelizmente assistimos recentemente a destruição de árvores frutíferas por um grupo de Sem Educação, sem Moral, sem Respeito, sem Amor... com a desculpa de que queriam "plantar feijão" - E dizer que os sábios da antiguidade condenavam o uso de feijões por serem inibidores da inteligência! Faz sentido!Uma comunidade voltada para a Luz, essa do vale do Jequitinhonha. Se houver um grande cataclismo que atire a humanidade fora da chamada "civilização moderna" com toda a tecnologia existente, essas comunidades saberão como sobreviver, com certeza. Continuarão fazendo seus biscoitos escritos, cultivando suas hortas mandalas, refazendo o solo, aproveitando cada detalhe do mundo em que vivem, porque eles aprenderam na escrita desenhada com o olhar, com os sentimentos, com os sabores, tudo feito com muito amor e respeito. Respeito pela vida e principalmente para consigo próprio pois sabem o que é a verdadeira felicidade. A do sabor da vida simples, como um biscoito escrito!

Texto de Martina Sanchez

VISITE O BLOG DE MARTINA SANCHES

http://www.martinasanchez.blogspot.com/

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A QUE VIEMOS....

A Aliança Planetária é uma ONG que está se estruturando na categoria de OSCIP, composta por diversos profissionais liberais de todo o País, atuando em diversas áreas: Médicos, Farmacêuticos, Biólogos, Engenheiros Florestais, Engenheiros civis, Agrônomos, Publicitários, Terapeutas Holísticos, Psicólogos,estudantes universitários,etc...que possuem Consciência Ecológica , Espiritual e Social suficiente para investir nessa necessidade Global.


Devido a diversas alterações climáticas e geológicas que estão ocorrendo no Planeta, onde até mesmo a ex-ministra do Meio-Ambiente - Marina Silva, se pronunciou a respeito em um Artigo a um Jornal de Brasília no dia 19 de julho de 2009 ( veja o artigo mais abaixo no tópico- MUDANÇAS CLIMATICAS ), decidimos agir numa iniciativa conjunta estruturando a Aliança Planetária e criando os projetos das Ecovilas para a região do Planalto central.

Compreendemos que, se de fato as previsões climáticas (cujos dados estão sendo capturados por satélites espaciais) se concretizarem, é muito provável que haverá grande caos e até mesmo fome na Terra. E se não agirmos agora, não teremos mais tempo e nem chance de prestar socorro à população.

Considerando a atual organização Agrícola do País, que se estende através de monoculturas, podemos observar que até mesmo os agricultores serão pegos de surpresa, se não forem adequadamente treinados a implantar uma cultura diversificada em suas terras.

Venha somar conosco nesse trabalho pioneiro e nos auxilie a implantar esses Projetos em todo o Planalto Central.



VAMOS UNIR NOSSOS PROJETOS...
NOSSAS EXPERIÊNCIAS E ESPERANÇAS...
ALIANÇAR NOSSOS CORAÇÕES...
E JUNTOS CONSTRUIR A NOVA TERRA...

COMUNIDADES AGRICOLAS AUTO-SUSTENTÁVEIS

VIVENDO UMA NOVA REALIDADE:

Estamos convidando todas as pessoas que se consideram amadurecidas nas questões sócio-espirituais , e que comunguem conosco dos mesmos propósitos e objetivos, os quais são criar núcleos regionais no Planalto central, através da aquisição conjunta de terras específicas nessas regiões. Onde serão fundados grupos de 20 a 30 famílias por núcleo de Ecovilas. Através da ONG - Aliança Planetária, estamos coordenando a formação desses grupos rurais em pequenas áreas de terras em regiões diversas do Planalto Central do Brasil , mas principalmente na Chapada dos Veadeiros.Quem desejar ingressar em um desses núcleos envie um e-mail para o endereço abaixo, que lhe retornaremos com maiores informações:

aliancaplanetaria@hotmail.com

AS ECOVILAS A SEREM CRIADAS SEGUIRÃO O MODELO DE ECOVILAS JÁ EXISTENTES NO BRASIL

Ex: Instituto Visão Futurohttp://www.visaofuturo.org.br/inicio.html

AGRICULTURA ORGÂNICA

A auto-suficiência na alimentação será alcançada por meio de uma agricultura orgânica extensiva, que proverá todas as necessidades nutricionais da comunidade e comercializará na área circunvizinha, gerando assim emprego para a população rural.

PADARIA

A padaria produzirá ítens orgânicos e integrais para o consumo da comunidade e do bairro vizinho, o que também gerará emprego para as pessoas locais.

PLANTAS MEDICINAIS

A horta de plantas medicinais , assim como o laboratório fitoterápico natural, produzirão artigos naturais como xampus, sabonetes, e cosméticos, para o uso da população local e para comercialização, gerando mais empregos para as mulheres do bairro. O laboratório também produzirá chás medicinais, contribuindo para a auto-suficiência em remédios da comunidade.

VESTUÁRIO

Um centro de costura, usando máquinas de costura e tecidos doados, oferecerá treinamento para as mulheres locais aprenderem a produzir as necessidades de vestuário de suas famílias, e peças simples de roupa para serem vendidas, aumentando assim a renda familiar.

ENERGIA ALTERNATIVA

Um sistema integrado de energia renovável, incluindo-se luz solar (produzido por painéis fotovoltáicos), aquecimento solar de água, e bombas de água ativadas por energia solar e cata-ventos.

RECICLAGEM DE LIXO E ÁGUA

Os resíduos orgânicos da comunidade serão reciclados na compostagem para a horta orgânica e a água do esgoto será tratada num sistema biológico de tratamento, a “zona das raízes”, que reciclará toda a água usada domesticamente (incluindo dos banheiros) para irrigação.

CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

Os ciclos naturais hidrológicos serão restaurados através de numerosos açudes que captarão a água da chuva para máxima utilização da mesma. Esses açudes serão cercados por plantações de “mata ciliar” para conservar a água...

TRATAMENTO BIOLÓGICO DA ÁGUA

...e a água será purificada através de um sistema biológico de tratamento.

EDUCAÇÃO

Na Creche das Ecovilas as crianças rurais não apenas aprenderão a ler, escrever e contar, mas desenvolverão auto-motivação, dignidade, valores éticos, criatividade e uma atitude de amor para com todos os seres.

SAÚDE CORPO-MENTE - AYURVEDA

Um Centro Ayurvédico será estabelecido para promover tratamentos alternativos da milenar ciência de saúde da Ayurveda (a “Ciência da Vida”)

DESENVOLVIMENTO HUMANO

Vários cursos e seminários, que promoverão o desenvolvimento integrado do ser humano – nos planos físico, mental e espiritual – serão oferecidos nas amplas dependências das Ecovilas – onde serão criados também dormitórios para visitantes , teatros, refeitórios, salas de reunião,

ARTE

Consciência e Amor serão os princípios fundamentais que nortearão a nossa arte. Através de peças, rituais e vivências artísticas nos cursos e oficinas de artes para as crianças e os jovens dos nucleos, a nossa arte servirá sua proposta: "Arte para serviço e bem-aventurança". Serão criados grupos de Teatros treinados para comungar com o ser humano na sua essência: sua natureza divina.

COOPERAÇÃO

Os projetos serão gerados cooperativamente, as decisões tomadas coletivamente e os recursos financeiros compartilhados equitativamente, com uma justa e equilibrada distribuição de renda

CONTRUÇÕES ECOLÓGICAS

Trabalharemos com uma Construtora chamada "NATURALE – CONSTRUÇÕES ECOLOGICAS", que se responsabilizará pela construção de casas com tijolos de Adobe, no estilo da Permacultura...o que barateará muito o custo do Imóvel. Esperamos treinar pequenos grupos dos próprios membros dos núcleos, de forma que possam trabalhar em equipe e assim, diminuir ainda mais os custos, para que todos possam usufruir juntos de boas moradias.

FORMAÇÃO DAS ECOVILAS

Cada Ecovila está sendo estruturada em média numa área de 10 a 15 alqueires ( 48.000mts² o alqueire) em regiões de elevada Altitude, na Chapada dos Veadeiros, contendo montanhas, mata nativa do cerrado e veios de água, cachoeiras e riachos, além de terras apropriadas para o plantio agrícola.Em cada Ecovila serão agrupados na faixa de 20 a 40 sócios-membros com seus familiares. Os que desejarem receber maiores informações sobre esses projetos podem enviar um e-mail para:

aliancaplanetaria@hotmail.com

No Blog da ONG ALIANÇA PLANETÁRIA, é possivel ver fotos diversas dessa região do cerrado, na Chapada dos Veadeiros.

http://aliancaplanetaria.blogspot.com/

Para todos os amigos que desejam participar das Ecovilas mas que não possuem condições financeiras para auxiliar na compra das Terras e das construções dos chalés ecológicos... sugerimos que se filiem à ONG, na qualidade de membros ativos, e mediante a qualificação de cada um, também serão admitidos nas ecovilas como moradores e colaboradores auxiliares.
Para filiação à ONG entre no topico : ALIANÇA PLANETÁRIA - SEJA UM MEMBRO ATIVO.

PAZ E LUZ A TODOS!

TORNE-SE UM MEMBRO DA ALIANÇA PLANETÁRIA

COMO TORNAR-SE MEMBRO

Quem pode afiliar-se?


Qualquer pessoa interessada em nosso trabalho, que tenha compromisso com sua Consiência Divina, e que se sinta com a necessidade de fazer parte de um segmento organizado, viabilizando desta feita a busca conjunta de soluções para os diversos problemas de alta gravidade que estão sobrevindo sobre todo o Planeta, e os diversos riscos iminentes tanto a nível social como econômico e geográfico. Se você se enquadra neste rol de pessoas, está convidado a juntar-se a nós.

1° passo: PAGAMENTO DA ANUIDADE: concordar em efetuar o pagamento da anuidade no valor de R$180,00 (cento e oitenta reais), parcelados em 04(quatro) vezes iguais e consecutivas de R$45,00 (quarenta e cinco reais) através de boleto bancário, que será remetido para sua residência, a saber: 1ª parcela mediante a solicitação da adesão, e as demais parcelas para 30, 60 e 90 dias

2º passo: PEDIDO DE ADESÃO
Fazer um pedido de adesão enviando um e-mail para o endereço abaixo:

aliancaplanetaria@hotmail.com


3º passo: RESPONDER AO QUESTIONÁRIO DE PRÉ-SELEÇÃO

Este questionário será enviado ao seu e-mail. Preencha adequadamente e devolva para o mesmo e-mail anterior. Após o termino da pré-seleção enviaremos a seu e-mail uma cópia do Estatuto de regulamentação da Aliança Planetária.

4º passo: ENVIAR PELO CORREIO A FICHA DE FILIAÇÃO

preencha sua solicitação de adesão numa ficha com os dados a seguir:
FICHA DE FILIAÇÃO À ONG ALIANÇA PLANETÁRIA

PROPOSTA DE SÓCIO Nº. ________ (Preenchido pela ONG Aliança Planetária)
(LETRA DE FORMA)
NOME:_________________________________________________________
ENDEREÇO: _____________________________________________________
CEP:________-______BAIRRO: __________________ CIDADE:____________
IDENTIDADE:_____________________________CPF____________________
DATA NASC.: ________/________/_____ ESTADO CIVIL: _________________
PROFISSÃO:______________________________________________________
TEL. RES.: _______________TRAB.:______________ CELULAR:_____________
FAX: ____________________EMAIL:__________________________________
DESEJA DESEMPENHAR ATIVIDADE NA ENTIDADE? SIM (____) NÃO (____)
O QUE GOSTARIA DE FAZER NA ENTIDADE?_______________________________
________________________________________________________________

VOCÊ É AFILIADO A PARTIDO POLÍTICO OU A OUTRA ENTIDADE?
SIM (____) NÃO (____)
QUAL(IS)?_________________________________________________________
EXERCE ALGUM CARGO POLÍTICO?
__________________________________________________________________
ONDE?_____________________________________________________________

DECLARO QUE LÍ E ESTOU DE ACORDO COM O ESTATUTO DA ONG ALIANÇA PLANETÁRIA.

__________________________________________________________________
(ASSINATURA)
________________________, ______ DE ___________________DE 200__.

ESTE DOCUMENTO DEVERÁ SER ENVIADO POR CORREIO AO SEGUINTE ENDEREÇO:

À ALIANÇA PLANETÁRIA – PLANALTO CENTRAL
Rua Vereador Jurandir Barbosa , Quadra 10 – Lote 28 

Jardim Novo Horizonte
CEP: 73.770-000

Alto Paraíso de Goiás – Goiás.

OBS: O comprovante da 1ª parcela da anuidade ( 45,00 reais) deve ser enviado juntamente com a ficha de filiação adequadamente preenchida.

VANTAGEM DE SE ASSOCIAR

O Associado é um componente especial na busca pelos nobres objetivos da Associação. Sem a sua contribuição, os projetos para auxílio igualitário, fraterno e solidário não serão concretizados.

Participe! Vamos criar juntos uma base sólida para alcançarmos a liberdade de atuação nas frentes por um suporte de resgate digno e humano.


O MEMBRO TITULAR dispõe dos seguintes direitos estatutários:

I– participar, com direito a voto nas Assembléias Gerais;
II– votar e ser votado para os cargos eletivos;
III– participar de todos os órgãos previstos nesse Estatuto;
IV– requerer convocação da Assembléia Geral mediante requerimento subscrito por, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos Associados Titulares existentes;
V– participar nas atividades da ONG AP, receber as publicações que por esta sejam editadas e utilizar todos os serviços prestados pela ONG AP; e
VI– desligar-se a qualquer momento da ONG AP mediante comunicação escrita à Diretoria, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, desincumbindo-se da contribuição financeira

O MEMBRO TITULAR terá direito a:

•Acesso a conteúdo exclusivo contendo boletins, notícias, artigos, vídeos, cartilhas e muitas outras fontes atuais de informação;
•Recebimento mensal de boletim informativo através de e-mail;
•Notícias e comunicados via e-mail;
•Acesso a conteúdo exclusivo de informações adicionais;
•Descontos em eventos , e participação em sorteios de bens doados à Associação;
•Participação ativa e efetiva em projetos, campanhas e comissões, de acordo com a qualificação profissional do Associado;
•Acesso a acervo bibliográfico da ONG;
•Acesso e uso da sala de reuniões da ONG;
•Chance de exercer a cidadania através de um projeto honesto que visa o bem estar social;
•Descontos em consultórios, farmácias e outros estabelecimentos de saúde conveniados à ALIANÇA PLANETÁRIA; (Breve)
•Acesso aos demais profissionais voluntários de diversas áreas de atuação da ONG;
•Acesso a todas as redes de socorro e abrigo em casos de emergência, em todas as ecovilas criadas com auto-sustentabilidade.

VENHA SOMAR CONOSCO NESSA INICIATIVA!

ECOVILAS CONCEITO

Ecovila é um modelo de assentamento humano sustentável. São comunidades urbanas ou rurais de pessoas que tem a intenção de integrar uma vida social harmônica a um estilo de vida sustentável. Para alcançar este objetivo, as ecovilas incluem em sua organização muitas práticas como:

1. Produção local e orgânica de alimentos;
2. Utilização de sistemas de energias renováveis;
3. Utilização de material de baixo impacto ambiental nas construções (bioconstrução ou Arquitetura sustentável);
4. Criação de esquemas de apoio social e familiar;
5. Diversidade cultural e espiritual;
6. Governança circular e empoderamento mutuo, incluindo experiência com novos processos de tomada de decisão e consenso;
7. Economia solidária, cooperativismo e rede de trocas;
8. Educação transdisciplinar e holística;
9. Sistema de Saúde integral e preventivo;
10.Preservação e manejo de ecossistemas locais;
11. Comunicação e ativismo global e local.

Ao longo de milhares de anos a humanidade viveu em comunidades sustentáveis, em contato íntimo com a natureza, desenvolvendo uma gigantesca diversidade cultural, onde em geral imperava uma estrutura social de apoio mútuo e cooperação. O evento da sociedade patriarcal e guerreira é bastante recente (16.000 anos) [1], mas tem causado um grande impacto no planeta. Enquanto isso as sociedades tradicionais lutam por sobreviver.

Neste contexto as ecovilas surgem como modelos alternativos ao padrão insustentável das sociedades modernas, incorporando os antigos conhecimentos com a moderna ciência e filosofia. De acordo com um número crescente de cientistas, teremos que aprender a viver de forma sustentável, se quisermos sobreviver como espécie

modelos de sustentabilidade desenvolvidos ao longo de mais de 40 anos pelas milhares de ecovilas ao redor do mundo formam um grande banco de dados de soluções aos atuais problemas da humanidade e fonte de riquíssimas experiências que podem ajudar a reconectar as pessoas à Terra numa forma que permita o bem estar de todas as formas de vida e futuras gerações.

Os defensores das ecovilas afirmam que o ser humano é capaz de criar uma vida cheia de amor e sentido. E essa seria a parte central numa ecovila, sua vida social, cultural e espiritual. Segundo eles, os seres humanos são seres sociais e amorosos por natureza, apesar de a cultura ocidental moderna valorizar em excesso o indivilualismo, a competição, a violência, o poder, o controle, a desconfiança e a apropriação. Reconectar os seres humanos a sua natureza significaria barrar estes valores, limpando esta carga cultural, e colocando a cooperação, o amor, o respeito, a transparência, a solidariedade e a confiança novamente no centro de suas vidas.

Em 1998, as ecovilas foram nomeadas oficialmente na lista da ONU das 100 melhores práticas para o desenvolvimento sustentável, como modelos excelentes de vida sustentável.

Elas surgem de acordo com as características de suas próprias bio-regiões e englobam tipicamente quatro dimensões: a social, a ecológica, a cultural e a espiritual, combinadas numa abordagem que estimula o desenvolvimento comunitário e pessoal.

O conceito de ecovilas oferece um único modelo, embora com múltiplas manifestações locais. No núcleo do modelo está a celebração da diversidade cultural, espiritual e ecológica e o impulso para se recriar comunidades humanas em que as pessoas possam redescobrir as relações saudáveis e sustentáveis consigo mesmas, a sociedade e a Terra. O modelo de ecovila tem proposto soluções viáveis para erradicação da pobreza e da degradação do meio-ambiente e combina um contexto de apoio sócio-cultural com um estilo de vida de baixo impacto.

que é sustentado numa ecovila não é o crescimento econômico ou o desenvolvimento, mas toda a rede de vida da qual depende nossa sobrevivência futura de longo prazo. Uma ecovila é programada de tal maneira que os negócios, as estruturas físicas e tecnológicas não interfiram com a habilidade inerente à natureza de manter a vida. Um dos princípios fundamentais do modelo é não tirar da Terra mais do que podemos devolver à ela. E assim fazendo, potencialmente, a comunidade pode continuar indefinidamente. Um dos conceitos utilizados nas ecovilas é o da permacultura, que é um sistema de design sustentável.

A implementação das ecovilas envolve um esforço das bases, de baixo para cima, mais do que a abordagem de cima para baixo. Cada ecovila dentro do seu próprio contexto cultural e ambiental, busca e demonstra soluções locais, usando tecnologias apropriadas, materiais locais, know-how local e antes de tudo oferecendo soluções compatíveis e acessíveis a todos.

O conceito de ecovila tem sido promovido e implementado por grupos espalhados pelo planeta, muitas vezes com recursos limitados e mínimo apoio institucional ou governamental. Estes grupos demonstram exemplos viáveis de vida auto-sustentada, modelos positivos traduzidos em realidade, para que outros grupos e indivíduos possam aprender, e inspirar-se onde o sucesso já foi alcançado.

Essa é a missão do movimento das ecovilas: explorar novas fronteiras e praticar aplicações concretas para a sustentabilidade. Nesta busca elas tecem uma filosofia de harmonia e paixão, sonho e visão, de terra e cosmo, de tecnologia e espírito, de educação e ativismo, de dança e canto, de ciclo e equilíbrio, de morte e renovação. Ecovilas, em síntese, honram, restauram e celebram os quatro elementos e seus processos interconectados na Natureza e nas pessoas.

Nascimento da Rede Global de Ecovilas (GEN)

O ímpeto que levou várias comunidades intencionais a se unirem formando GEN- Rede Global de Ecovilas partiu da organização Gaia Trust da Dinamarca. No início da década de 90 Ross e Hildur Jackson, diretores da Gaia Trust, perguntaram como sua organização poderia usar melhor seus recursos para avançar o movimento de sustentabilidade. Eles advogavam que na nossa sociedade tecnológica precisava-se de bons exemplos do que significa viver em harmonia com a Natureza, de uma forma sustentável e espiritualmente interconectada.

Em 1991 Gaia Trust, convidou Robert e Diane Gilman, editores da revista In Context, para fazer uma pesquisa de campo e identificar os melhores exemplos de comunidades sustentáveis ao redor do mundo. O resultado de sua pesquisa revelou a existência de muitas comunidades em busca de sustentabilidade, entretanto a ecovila ideal, sem ‘gaps’, ainda não existia. No entanto, se reuníssemos todos os projetos existentes, poderíamos identificar a emergência de uma nova visão, cultura e estilo de vida que poderia funcionar como modelo positivo de um futuro humano e planetário viável e sustentável.

Em seu relatório – Ecovilas e Comunidades Sustentáveis – pela primeira vez uma ecovila é definida como:

“Ecovila é um assentamento de escala humana, multi funcional, no qual as atividades humanas são integradas sem danificação ao mundo natural, de forma a apoiar o desenvolvimento humano saudável, podendo continuar no futuro indefinido.” Robert Gilman

Com base no relatório Gilman, representantes de algumas comunidades bem estabelecidas começaram a se reunir à partir de 1991 para discutir uma estratégia de desenvolvimento e difusão do conceito de ecovilas. Foram estabelecidas conexões e identificadas áreas comuns nas quais podíamos entusiasticamente trabalhar juntos. Em 1995 num encontro histórico realizado na Fundação Findhorn o conceito de ecovilas foi lançado globalmente.

Neste encontro estavam presentes comunidades que, como Findhorn, já haviam adquirido uma maturidade no seu experimento comunitário e uma complexidade social e econômica. Estas comunidades estavam se tornando vilas auto-sustentáveis e já era tempo de reafirmarem um novo estágio no seu caminhar.

A conferencia “Ecovilas e Comunidades Sustentáveis – modelos de vida no Século XXI”, atraiu 400 participantes de todo o mundo, e mais 300 que não puderam acompanhar. Nesta ocasião foi estabelecida a Rede Global de Ecovilas -GEN-, com um secretariado internacional na Dinamarca e três regionais: nos EUA cobrindo todas as Américas, na Austrália cobrindo a Oceania e a Ásia, na Alemanha cobrindo o continente Europeu e África.

Cada secretariado recebeu o mandato de construir e fortalecer redes regionais e nacionais, de promover cooperação entre as regiões, e de divulgar a experiência das ecovilas para os formuladores de políticas, planejadores e o público em geral.

Criada em 1995 por 9 ecovilas “sementes”, The Farm, EUA, Lebensgarten, Alemanha, Crystal Waters, Australia, Eco-ville St Petersburg, Russia, Gyurufu, Hungria, Projeto Laddak, India, Auroville, India, Findhorn Foundation, Escocia, Associaçao Dinamarquesa de Ecovilas, Dinamarca. Hoje a Rede Global de Ecovilas - GEN - engloba mais de 15.000 ecovilas transformando-se no que é chamado de “A Revolução do Habitat.

Membros da rede incluem redes como - Sarvodaya (11 mil vilas tradicionais no Sri Lanka); - Eco Yoff e Colufifa (350 vilas no Senegal); - o projeto Ladakh, no planalto tibetano; - ecocidades como Auroville, no sul da Índia, e Nimbin, na Austrália; - pequenas ecovilas rurais como a Gaia Asociación, na Argentina, e Huehuecoyotl, no México; - projetos de rejuvenescimento urbano como o Eco Village de Los Angeles e Christiania de Copenhagen; - projetos de permacultura como Crystal Waters, na Austrália e Barus, no Brasil; - e centros educacionais como Findhorn Ecovillage, na Escócia, o Centro de Tecnologia Alternativa, no País de Gales, Earthlands, em Massachusetts, e muitos outros.

O movimento foi muito auxiliado pelo surgimento da Internet, como um instrumento de uma rede internacional e, podemos afirmar que a rede virtual fez o movimento descobrir sua real força e diversidade.

Hoje, GEN leva a mensagem das ecovilas aos principais fóruns governamentais e sociedades civis. É um importante participante do programa de treinamento das Nações Unidas para ajudar governos locais a implementar a Agenda 21 e a Agenda Habitat, tem status consultivo como uma ONG na ONU, tem representantes em eventos como o Encontro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Summit on Sustainable Development) e os Fóruns Sociais Mundial e Europeu, além de se apresentar em inúmeros congressos e seminários sobre temas relacionados em todo o mundo.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS QUE PREOCUPAM

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A nova geografia das mudanças climáticas
Marina Silva
De Brasília (DF)


O planeta já sofre os efeitos das mudanças climáticas. O que pesquisadores e cientistas tentam prever é de que forma cada região será atingida nos próximos anos.

O jornal americano The New York Times divulgou no início desta semana projeções feitas pelos serviços de defesa americanos mostrando que as mudanças no clima representam grande desafio à segurança dos Estados Unidos, diante da perspectiva de aumento de tempestades e secas, da ocorrência de migração maciça, de pandemias e do racionamento de água, além de outros problemas em território americano e ao redor do mundo.
Mesmo não sendo conclusivas, as previsões não são nada animadoras. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que até 2080 provavelmente 1.1 a 3.2 bilhões de pessoas padecerão de escassez hídrica e 200 a 600 milhões de fome. A escassez de água, aliás, já é um problema global. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nessa semana que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo carecem de acesso à água potável
Segundo estimativas conservadoras apresentadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no final do ano passado, as mudanças climáticas devem forçar o deslocamento de cerca de seis milhões de pessoas por ano. Eles estudam medidas para proteger os atingidos por catástrofes naturais. O problema, segundo já disse Wellington Carneiro, oficial de Proteção do Acnur no Brasil, exige alterações no Direito Internacional de Refugiados.
A situação na China - hoje a grande força motriz do desenvolvimento econômico mundial - é emblemática. A questão é saber o custo que o país pagará por sua desatenção às questões ambientais.
Em 2005, o então ministro do Meio Ambiente da China, Pan Yue, chegou a declarar, em entrevista à revista alemã Der Spiegel, que seu país poderá enfrentar um assombroso número de refugiados ambientais. "No futuro, precisaremos transferir 186 milhões de habitantes de 22 províncias e cidades. No entanto, as outras províncias e cidades só são capazes de absorver 33 milhões de pessoas. Isso significa que a China terá mais de 150 milhões de migrantes ecológicos, ou, se vocês preferirem, refugiados ambientais". Na ocasião, Pan Yue disse que a principal causa de tal situação seria a chuva ácida e a poluição dos maiores rios da China, impossibilitando acesso à água potável por um quarto da população.
Um quadro como esse seria de catástrofe, o que ainda não parece ser percebido como tal por inúmeros dirigentes e líderes nacionais e mundiais. Ainda há quem ache que a situação "não é bem assim", pela dificuldade de sair dos padrões habituais de ação ou de inação. De fato, não é fácil deixar o conforto dos cânones aprendidos e encarar que o conhecimento precisa ser urgentemente atualizado diante da crise das crises, tão grave a ponto de mudar a própria geografia, desafiando nossos conceitos de ocupação do espaço físico e humano do planeta e de relação entre humanidade e ambiente natural.

A principal agenda de nosso tempo é a das mudanças climáticas e ela não é algo circunscrito aos ambientalistas ou especialistas. Ao contrário, perpassa todas as áreas e impacta fortemente os modelos de tomada de decisão política. Ignorá-la e pagar pra ver não é sensato. Mais do que isso, é uma fuga para o passado de conseqüências desastrosas para o futuro.


Marina Silva é professora de ensino médio, senadora do Acre (sem partido) e ex-ministra do Meio Ambiente

Fale com Marina Silva: marinasilva08@terra.com.br

domingo, 30 de agosto de 2009

ECOVILAS - CHACARA REBENDOLENGUE

As fotos abaixo foram tiradas de chalés da Chácara Rebendolengue em São João D'Aliança - Chapada dos Veadeiros - Go. Esses chalés são modelos de construções ecológicas feitas em Adobe, e todo o sítio segue o Padrão das Atividades em Permacultura. As ecovilas implantadas pela ALIANÇA PLANETÁRIA seguirão os padrões orientados pelo IPEC ( Instituto de Permacultura de Pirenópolis) dentro dessa mesma visão e direcionamento.